SP afirma investir na ampliação de UTIs e diz não faltar leitos no interior
Cidades do interior paulista têm registrado alta do contágio e hospitais mais cheios
O governo de São Paulo afirmou no último sábado (20), que está investindo na ampliação de UTIs e que não faltam leitos para pacientes da covid-19 no Estado. Cidades do interior paulista têm registrado alta do contágio e hospitais mais cheios. Em Araraquara, a prefeitura vai endurecer ainda mais o lockdown neste domingo (21), em uma tentativa de frear o vírus.
“Não foi registrado nenhum óbito pelo novo coronavírus por falta de leitos. O governo de SP tem investido na implantação de novos leitos em todas as regiões do Estado e reforça sobre a importância das medidas de proteção”, afirmou a gestão João Doria (PSDB), em nota. O governo estadual anunciou 166 novos leitos no interior, sendo 70 em Araraquara e 96 em Jaú, duas cidades onde circulam a nova variante do coronavírus.
Especialistas acreditam que essa mutação do Sars-CoV-2 tem maior potencial de transmissão e seus efeitos sobre o grau de proteção das vacinas ainda é desconhecido. Em Araraquara, a nova restrição terá duração de 60 horas. Do meio-dia de domingo, 21, à meia-noite de terça, 23, fecham bancos, indústrias, supermercados, postos de combustíveis e todo comércio.
“É importante ressaltar que todas as regiões contam com diversos serviços de saúde municipais e estaduais aptos a atenderem pacientes graves da doença. Além de manter hospitais e auxiliar a rede pública, a Secretaria de Estado da Saúde também mantém uma estratégia especial de gestão de leitos hospitalares, para dar prioridade à internação de pacientes com quadros respiratórios agudos e graves, com suporte da Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde), sistema online que funciona 24 horas por dia e que verifica vagas disponíveis em hospitais do SUS em SP, para as transferências”, informou a nota do governo.
“É importante salientar que o SUS é universal e possui caráter regionalizado, sobretudo quando envolve atendimento de alta complexidade, como é o caso de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou situações específicas que demandem atendimento especializado. Cidadãos de qualquer município podem receber assistência em serviços de referência da rede pública de saúde”, acrescentou a gestão paulista.
Doria tem cobrado recursos federais
O governo de São Paulo tem cobrado do Ministério da Saúde o financiamento de mais leitos para o Estado. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde vem reduzindo drasticamente o financiamento de leitos de UTI covid. Em agosto, quando o Estado atingiu o maior número de leitos ativos (5.085) e a proporção custeada pelo governo federal era de 2.367 (46,5%). Na época, São Paulo já registrava uma redução do número de casos e óbitos pela covid-19.
Agora, em fevereiro, no momento em que as infecções estão em alta novamente, a taxa de vagas bancadas com verba federal é de apenas 11,4%. No período, a redução de leitos financiados pelo ministério é de 76,2%. O Ministério da Saúde foi cobrado na Justiça sobre a destinação de recursos para financiar essas vagas hospitalares.
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