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Maricá, no Rio, tem 2º assassinato de jornalista em menos de um mês

É o segundo responsável por uma publicação jornalística assassinado na cidade em menos de um mês


Por Folhapress Publicado 20/06/2019
Romário Barros foi morto com três tiros em Maricá Foto- Reprodução

O fundador e diretor do site Lei Seca Maricá, jornalista Romário Barros, 31, foi morto no final da noite de terça-feira (18), em Maricá.

É o segundo responsável por uma publicação jornalística assassinado na cidade em menos de um mês. No dia 25 de maio, Robson Giorno, dono do Jornal Maricá, foi morto perto de sua casa.

Imagens divulgadas nesta quinta (20) pelo site do jornal O Globo mostram um homem se aproximando do carro de Barros logo após a vítima entrar no veículo. O criminoso abre a porta e dispara contra o fundador do Lei Seca Maricá. O jornalista foi atingido por três tiros, na cabeça e no pescoço.

O vídeo mostra ainda o assassino entrando no banco do carona de um carro estacionado logo atrás e fugindo.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) está investigando o caso e fez perícia no local.

O Lei Seca Maricá se dedica a cobrir temas policiais e políticos locais. O site foi fundado em 2010.

Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou esperar que a polícia “esclareça rapidamente o caso, para que os criminosos sejam encaminhados à Justiça e punidos nos termos da lei”.
“É extremamente preocupante que, em menos de um mês, dois jornalistas tenham sido mortos na cidade, com todos os indícios de que os assassinatos foram motivados pela atividade profissional das vítimas. A impunidade é uma das principais causas da continuidade desses crimes”, diz a nota.

A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) declarou “veemente repúdio” ao crime.

“Assim como o assassinato de Robson Giorno, é evidente que Romário também foi vítima de um crime premeditado, configurando uma execução. A investigação de ambos os assassinatos deve ter como ponto de partida o exercício profissional e é preciso empenho para que os culpados sejam identificados e punidos.”

“Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do Estado”, completa a nota da federação dos jornalistas.

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) afirmou, em nota, que vai acompanhar a apuração do caso.

Em nota, a Prefeitura de Maricá diz que é urgente a identificação dos autores do crime. “Investigação imediata e a identificação e punição dos responsáveis são urgentes para a população de Maricá. Um atentado contra a liberdade de expressão”, afirmou a prefeitura.

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