Funcionários da Humanitária podem entrar em greve na quarta-feira (7)
Entre outras reivindicações, a categoria pede reajuste salarial e abono emergencial referente ao trabalho de combate à covid-19
Funcionários do Hospital Humanitária de Limeira, onde funciona a Unidade de Referência Coronavírus (URC) podem entrar em greve na próxima quarta-feira (7). Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas e Região (Sinsaúde), há mais de três meses a diretoria do sindicato tenta negociar melhorias no salário e nas condições de trabalho dos colaboradores, mas não recebeu propostas da administração do hospital.
No ofício enviado no dia 28 de junho a Humanitária, avisando sobre o início do estado de greve, o sindicato reivindica reajuste salarial de acordo com a inflação anual, de 8,90%; abono emergencial referente ao trabalho de combate à covid-19, no valor de R$ 500; adicional de insalubridade em grau máximo de 40%; aplicação de 8,90% nas cláusulas econômicas e manutenção dos benefícios previstos no último ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) para todos os funcionários.
O sindicato ressaltou que caso haja a paralisação, o atendimento da Humanitária não será totalmente interrompido e 30% do efetivo deve continuar trabalhando no atendimento de urgência e emergência.
“Queremos que a população entenda nossas reivindicações e apoie o sindicato e os profissionais nesse momento. Valorizar o profissional da saúde é valorizar a vida”, afirmou a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.
A USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira) apoia a paralisação. Em nota publicada em seu site e nas redes sociais, a USTL ressaltou que não poderia deixar de apoiar a causa.
“Estaremos junto com eles (funcionários da Humanitária) em sua justa caminhada. Apelamos à Humanitária que reconheça e valorize os seus empregados. Eles, que já receberam tantas congratulações públicas da comunidade, mas nenhum reconhecimento salarial. Após cada expediente, voltam para casa sob o risco de contaminação própria e dos familiares, e a sensação amarga do desprezo por parte dos empregadores”, diz a nota.
Procurada pela reportagem, a gerente administrativa do Hospital Humanitária, Irene Vonzuben, ressaltou que há um convênio com a Prefeitura de Limeira para manter o atendimento da URC e que qualquer medida que envolva aumento salarial e outros benefícios também dependem da aprovação deste convênio.
Irene disse ainda que negociações são feitas junto à Prefeitura no sentindo de resolver o impasse e atender a demanda pedida pela categoria. Na tarde desta sexta-feira (2) haverá uma reunião para tratar do assunto.
* Texto: Mayta Castilho
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