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Mendonça morre aos 63 anos no Rio de Janeiro

Jogador atuou na Inter de Limeira, no ano em que a equipe voltava à elite do Brasileirão


Por Redação Educadora Publicado 05/07/2019

Ídolo do Botafogo de 1970 e 1980 e que colecionou passagens também por clubes como Palmeiras, Santos e Grêmio, Mendonça morreu na manhã desta sexta-feira, aos 63 anos. O ex-meia, que estava internado no CTI do Hospital Albert Schweitzer após cair de uma escada na estação de trem Guilherme da Silveira, em Bangu, teve uma piora em seu quadro na última quinta-feira, devido a uma infecção grave.

Com fígados e rins comprometidos, Mendonça estava em choque séptico e o quadro não pôde ser revertido mesmo com antibióticos.

A ligação de Milton da Cunha Mendonça com o futebol veio de família: seu pai, que também adotara o nome Mendonça, foi zagueiro do Bangu na década de 1950. Porém, após dar seus primeiros passos no Alvirrubro, o meia, ainda júnior, migrou para o clube no qual seu coração bateria mais forte: o Botafogo.

Mendonça subiu para os profissionais do Glorioso em 1975 e não demorou a se tornar ídolo e titular absoluto da equipe. Embora não tenha encerrado a seca de títulos importantes do Botafogo que já durava desde 1968, o meia logo caiu nas graças da torcida alvinegra e entrou no panteão de ídolos do clube.

Além de ter o Torneio Início de 1977 como seu único título oficial, o armador deixou lembranças de gols e de boas atuações para os botafoguenses. Ao lado de nomes como Paulo César Caju, Rodrigues Neto e Dé, Mendonça fez parte da equipe que obteve uma invencibilidade de 52 jogos entre 21 de setembro de 1977 e 16 de julho de 1978.

O gol mais lembrado ocorreu nas quartas de final do Brasileiro de 1981. O Botafogo encarava o Flamengo quando Mirandinha lançou o meia. Mendonça entortou Júnior e tocou na saída de Raul, decretando a vitória por 3 a 1 do Botafogo sobre o campeão brasileiro do ano anterior. A jogada ficou conhecida como “Gol Baila Comigo” (canção interpretada por Rita Lee que, à época, também dava nome a uma novela da Rede Globo).

Naquela competição, o Alvinegro esteve bem perto de chegar à decisão. Após vencer por o São Paulo por 1 a 0, o Botafogo viu Mendonça e Jérson estenderem a vantagem do Botafogo. Contudo, após 28 minutos de intervalo, os são-paulinos viram o sonho do título acabar com a derrota para 3 a 2. Saiu de General Severiano em 1982 sem títulos de ponta, mas com um histórico de 118 gols em 342 jogos.

Após deixar o Botafogo, Mendonça atuou por duas temporadas na Portuguesa. Em seguida, foi negociado para o Palmeiras. No ano seguinte, desembarcou na Vila Belmiro, com a responsabilidade de ser o camisa 10 do Santos.

Em seu currículo, o meia ainda tem clubes como a Inter de Limeira (no qual atuou no ano em que a equipe voltava à elite do Brasileirão), Al-Sadd (QAT) e um breve e afetivo retorno ao Bangu, equipe no qual iniciara sua trajetória. Em 1991, Mendonça acertou sua transferência para o Grêmio, mas guardou uma lembrança cruel: além de perder espaço, o Tricolor gaúcho não engrenou no Brasileirão e amargou a queda para a Série B.

Depois, o meia colecionou passagens pelo Internacional de Santa Maria (RS), Fortaleza, América-RN, até pendurar suas chuteiras no Barra Mansa (RJ).

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