Bolsonaro é chamado de ‘genocida’ e ‘mito’ em caminhada em Roma
Grupo do presidente, que incluía ministros como Walter Souza Braga Netto, da Defesa, e do general Augusto Heleno, do Gabinete da Segurança Institucional, foi recebido por manifestantes contrários, que gritaram "Fora, Bolsonaro!" e "genocida"
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a provocar aglomerações no final da tarde deste sábado (30) em Roma, ao sair para mais um passeio a pé pelas portas do fundo da Embaixada do Brasil, no centro da capital italiana, onde está para a cúpula do G20.
O passeio a pé pelas ruas da cidade durou cerca de 30 minutos. Segundo o general Augusto Heleno, do Gabinete da Segurança Institucional, que estava com o grupo, eles foram até a frente do Vaticano e conversaram com pessoas que estavam na rua.
Na volta, o grupo do presidente, que incluía ministros como Walter Souza Braga Netto, da Defesa, e do general Augusto Heleno, do Gabinete da Segurança Institucional, foi recebido por manifestantes contrários, que gritaram “Fora, Bolsonaro!” e “genocida”.
Apoiadores do governo responderam aos gritos de “mito”. Seguranças do presidente se aproximaram de brasileiros que protestavam contra o presidente, mas não impediram o protesto.
Na tarde de sexta, o presidente também saiu a pé pela capital italiana, em um passeio organizado pelo deputado ítalo-brasileiro Luis Roberto Lorenzato, do partido xenófobo italiano Liga.
Na terça, a convite de Bolsonaro, o Matteo Salvini, líder da Liga, participará de evento de homenagem aos pracinhas brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial, em Pistoia.
O presidente brasileiro não falou sobre suas impressões da reunião de cúpula do G20, da qual participou ao lado de líderes como o presidente americano, Joe Biden, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron.
“Tenho observações de vários líderes, vou publicar logo mais e não vou dar juízo de valor. Nós escreveremos no máximo duas linhas de cada chefe de Estado [sic.] que falou lá”, disse Bolsonaro, confundindo as funções de chefe de Estado com as de chefe de governo -embora no Brasil o presidente da República acumule as duas, isso não ocorre em regimes parlamentaristas, e a cúpula do G20 reunia os chefes de governo.
Ao ser questionado sobre se apoiava um esforço para distribuir vacinas aos países menos desenvolvidos, para atingir a meta de 70% de imunizados no ano que vem, como propôs o premiê italiano Mario Draghi, o presidente disse que “cada chefe falou uma coisa, e a conclusão depende de quem estiver lendo. Qualquer juízo de valor da minha parte dá uma distorção enorme e críticas para cima da gente”.
Ainda segundo Bolsonaro, alguns dos líderes o “plagiaram” ao dizer que o mundo terá que conviver com a covid: “A Índia falou que vai produzir 5 bilhões de vacinas neste ano, a China mais 2 bilhões. Outros chefes de Estado falaram, me plagiando, mas tudo bem, que vamos ter que conviver com o vírus por muito tempo, outros dizendo que a vacina tem que ser um bem universal, não pode ter lucro em cima dela”.
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