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‘Com inflação de 10,67%, prudência é a palavra de ordem para 2022’ diz assessor de investimento

Isso se deve a vários fatores, como o cenário político e de saúde, com a chegada de novas variantes como a ômicron


Por Ana Paula Rosa Publicado 06/12/2021

Com 10.67% de inflação nos últimos 12 meses ainda com tendência de alta, o assessor de investimento Kenio Fonseca, que participou do programa Meio Dia, da Educadora, nesta segunda-feira (6), diz que é necessário ter prudência para 2022. “Embora seja um momento que várias oportunidades comerciais estejam recomeçando, temos que tomar muito cuidado com crédito e taxas aleatórias para não se endividar”, disse.

Segundo o assessor de investimento, isso se deve a vários fatores, como o cenário político e de saúde, com a chegada de novas variantes como a ômicron. “O fato é que nós não temos ainda um cenário claro, costumamos dizer que há bastante neblina e é essencial ter cuidado com qualquer endividamento. Ano que vem teremos eleições brasileiras e americanas. E esse é apenas alguns dos exemplos”, disse.

Ele cita que a situação piora ainda mais se for necessário restringir algumas movimentações novamente, como um lockdown. “Para que não tenha nenhum problema pedimos que as pessoas continuem se resguardando. Empresas ainda estão com dificuldade de insumos”, fala.

SELIC

O assessor de investimento explica que essa semana tem uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define qual vai ser a taxa de juros no país. Provavelmente, ela deve vir com mais uma alta de 1.5%, elevando a Taxa Selic a 9.25%. “E para o ano que vem temos alta da Selic chegando a mais de 11% da taxa de juros no Brasil e o propósito do Banco do Brasil é justamente trazer para baixo essa inflação que realmente está bastante alta e pressionando a taxa de juros”, fala.

Quanto mais a inflação sobe, um dos instrumentos que o Banco Central tem é subir essa taxa, que é a taxa básica de juros. “Isso influencia no cheque especial, no cartão de crédito, nos empréstimos que são concedidos tanto as pessoas físicas quanto jurídicas. Ou seja, o crédito fica mais caro. A palavra de ordem, pessoal, é prudência”.

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