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Morre John Madden, ex-treinador, comentarista e lenda do futebol americano

Ele também deixou um legado no mundo dos games


Por Folhapress Publicado 29/12/2021
Foto: Divulgação/NFL

John Madden, de 85 anos, ex-técnico de futebol americano, comentarista de TV, artista de games e lenda da modalidade, cujo nome está no hall da fama do esporte, morreu na manhã de terça-feira (28). A informação foi confirmada pela NFL, liga que organiza o esporte nos EUA. A causa da morte ainda não foi divulgada.

“Em nome da família NFL, prestamos nossas condolências a Virgínia, Mike, Joe e suas famílias”, disse Roger Goodell, comissário da NFL, se referindo a esposa e filhos de Madden. “Ninguém amava futebol mais do que ele. Nunca haverá outro John Madden. Temos uma dívida com ele por tudo que ele fez para tornar a NFL o que é hoje”, completou.

Depois de tentar ser jogador –chegou a ser contratado pelo Philadelphia Eagles– e não conseguir disputar nem sequer uma partida como profissional por causa de uma lesão no joelho, Madden começou sua carreira fora dos gramados como assistente técnico do Oakland Raiders (atual Las Vegas Raiders) em 1967.

Dois anos depois, aos 32, como um dos técnicos mais jovens da história da NFL, virou o treinador da equipe. Ficou dez anos no cargo e, no período, chegou sete vezes à final da American Football Conference -espécie de semifinal da NFL- e venceu o Super Bowl, título máximo do esporte, da temporada 1976, disputado no início do ano seguinte. A final foi contra o Pittsburgh Steelers, que defendia a taça.

Mas seu trabalho após uma aposentadoria precoce, aos 42, que se deu em grande parte por causa de seu medo de aviões, foi o que o fez realmente ficar conhecido pelos americanos e transformou seu nome como um dos principais da história do esporte.

John Madden foi convidado para o hall da fama do futebol americano, em 2006. Ele passou três décadas como o principal analista de esportes na TV, com uma linguagem simples e direta, tendo grande influência na sociedade americana.

A fama fez com que ele fosse garoto-propaganda de uma série de produtos –de cerveja a lojas de construção. Ele dá nome ainda a um dos jogos de videogame de maior sucesso de todos os tempos, a franquia Madden NFL Football, tão popular que as estrelas da NFL comentam sobre a nota que lhes é atribuída no ambiente virtual, e escreveu best-sellers sobre o esporte.

Como comentarista, ganhou o Emmy 16 vezes e trabalhou para CBS, Fox, ABC e NBC entre 1979 e 2009.
Madden conquistou o público americano explicando um jogo de uma maneira satisfatória tanto para entendidos do esporte quanto para neófitos.

“Meu pai era mecânico, e trabalhava duro, mas eu nunca trabalhei um dia sequer na minha vida. Eu era jogador, virei técnico e depois comentarista. Sou o cara mais sortudo do mundo”, disse Madden quando foi nomeado ao hall da fama do esporte em 2006. Ele disse ainda, na ocasião, que se considerava um técnico acima das outras coisas.

Ele também tinha suas idiossincrasias, como comparecer às partidas num ônibus particular, por causa de seu medo de aviões. Mas não era qualquer ônibus. O “Madden Cruiser” tinha TVs, dois banheiros, cozinha, quarto com cama king e até sauna.

Tom Brady, um dos maiores nomes da história do esporte, desejou em seu Instagram condolências para a família de Madden. “Ele sempre foi tão bom para mim. Descanse em paz, lenda do jogo”, afirmou.
Madden deixa a mulher, Virgínia, com quem era casado havia 62 anos, e os filhos, Joseph e Michael.

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