Em SP, 80% dos pais pretendem vacinar filhos contra a covid, mostra pesquisa do governo
Segundo a pesquisa, 82% dos responsáveis por crianças de 5 a 11 anos acham muito importante que os pequenos sejam vacinados contra o coronavírus
Oito em cada dez pais ou responsáveis por crianças entre 5 e 11 anos no Estado de São Paulo pretendem vacinar os filhos contra a covid-19, segundo uma pesquisa da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), ligada ao governo estadual.
A taxa dos que dizem que levarão os menores para serem imunizados é de 84%, ante 16% que responderam não querer a vacina. O percentual dos favoráveis é levemente superior entre moradores da região metropolitana (87%) do que entre os do interior (81%).
Feito na quinta-feira passada (6), o levantamento envolveu 1.127 entrevistas por telefone com pais e mães de todas as regiões do estado. Os resultados foram apresentados na manhã desta segunda-feira (10) durante a reunião do secretariado com o governador João Doria (PSDB).
Os dados mostrados no encontro pelo diretor-executivo da Seade, Bruno Caetano, indicam que a intenção de vacinar as crianças está diretamente relacionada à percepção sobre a importância da vacina.
Segundo a pesquisa, 82% dos responsáveis por crianças de 5 a 11 anos acham muito importante que os pequenos sejam vacinados contra o coronavírus. Dentro desse grupo, 99% falaram à Seade que darão a proteção aos filhos.
O percentual de responsáveis que querem ter suas crianças imunizadas também é ainda maior entre aqueles adultos com esquema vacinal completo contra a covid: 91% dos que já tomaram a dose de reforço afirmaram que levarão os menores aos postos de vacinação.
A pesquisa apontou ainda que a intenção de vacinar os filhos é mais preponderante entre as mulheres (89%) do que entre os homens (76%).
A adesão também é superior entre pais e mães com filhos matriculados na rede pública de ensino. O apoio à medida atinge 91% nessa fatia, mas fica em 78% entre os responsáveis por crianças matriculadas em escolas e creches particulares.
Já fatores como escolaridade maior e renda familiar mais alta interferem negativamente na vontade de imunizar os filhos.
A parcela dos que consideram muito importante vaciná-los é, respectivamente, de 74% e de 71% entre aqueles com ensino superior e rendimento superior a três salários-mínimos. Entre os entrevistados classificados como sem instrução e que ganham até um salário, o percentual é de 90% em ambos os casos.
Depois de muita controvérsia, o Ministério da Saúde anunciou na quarta-feira (5) que crianças de 5 a 11 anos receberão a vacina da Pfizer para a covid-19 sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, divulgou nota na noite de sábado (8) em que rebateu insinuações do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a supostos interesses escusos da agência na vacinação de crianças. Ele cobrou uma retratação do mandatário.
Em São Paulo, a gestão Doria apresentou no dia 5 o planejamento para vacinar 4,3 milhões de menores de idade nessa faixa etária, em 645 cidades. A meta é concluir a campanha em um intervalo de três semanas.
O governo estadual diz que espera o envio das doses pediátricas pelo ministério para dar início imediato aos trabalhos. Além disso, busca na Anvisa a liberação da CoronaVac para a população infantil. A autorização está em análise pela agência. O governo de São Paulo reservou 12 milhões de doses de CoronaVac para essa finalidade.
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