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Patinadora russa Kamila Valieva, ouro em Pequim-2022, está sob suspeita de doping

O doping de Valieva poderia custar à atleta e ao Comitê Olímpico Russo a conquista do ouro na última segunda (7)


Por Folhapress Publicado 10/02/2022
Patinadora russa Kamila Valieva, ouro em Pequim-2022, está sob suspeita de doping
Foto: Divulgação Jogos Olímpicos de Inverno

A patinadora russa Kamila Valieva, 15, medalha de ouro na patinação artística por equipes em Pequim-2022, pode ter sido pega no exame antidoping por uso de substância proibida pela Wada (Agência Mundial Antidoping), informou a imprensa da Rússia nesta quarta-feira (9).

A substância supostamente encontrada foi a trimetazidina, medicamento com função vasodilatadora usado para o tratamento de angina, dor no peito causada pelo estreitamento das artérias que levam sangue ao coração.

O doping de Valieva poderia custar à atleta e ao Comitê Olímpico Russo a conquista do ouro na última segunda (7). Teria sido por essa razão, inclusive, que a cerimônia de entrega das medalhas, que deveria ter acontecido na terça-feira (8), não foi realizada.

A russa impressionou em sua apresentação nos Jogos. Ela se tornou a primeira mulher a conseguir um salto quádruplo na história das Olimpíadas de Inverno. Após acertar o primeiro, Valieva tentou um segundo salto desse tipo e conseguiu completá-lo. Só foi cair na terceira tentativa.

Com a nota de 178.92 em seu programa, ela ficou em 1º lugar com mais de 30 pontos de diferença para a segunda colocada. Emocionada, celebrou o triunfo. Na próxima terça (15), será iniciada a disputa da prova individual da patinação artística de Pequim-2022, para a qual a atleta está classificada.

O jornal russo RBC informou que a verificação do suposto doping foi feita antes de Kamila Valieva vencer o campeonato europeu no mês passado. O porta-voz do COI (Comitê Olímpico Internacional), Mark Adams, disse nesta quinta (10) em contato com a imprensa em Pequim que não tinha “nenhum comentário a fazer” sobre “uma situação que tem todos os tipos de implicações”, e descreveu como “especulação total” a informação segundo a qual se tratava de um caso de doping.

“Imagino que todas as pessoas [responsáveis] trabalhem o mais rápido possível. Sabemos que para os atletas [afetados pela entrega da medalha], eles querem uma saída rápida”, disse.
Caso seja confirmado o doping, o episódio entrará para a lista de escândalos esportivos envolvendo a Rússia e seu comitê olímpico.

Em 2019, a Wada puniu a Rússia com o banimento do país de qualquer competição internacional por quatro anos, pena baseada na acusação de que sua agência de controle de doping (Rusada) foi utilizada para fraudar exames de atletas. Após recurso na Corte Arbitral do Esporte, os russos conseguiram diminuir a punição para dois anos.

Por isso, participaram das Olimpíadas de Tóquio-2020 e Pequim-2022 sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo e não puderam utilizar o hino nacional nessas competições – foi substituído por uma música de Tchaikóvski.

As condições estipuladas pela CAS em tese valerão também para a Copa do Mundo de futebol de 2022, no Qatar, que será realizada dentro do período da punição, embora a Fifa nunca tenha manifestado uma posição sobre o tema e suas implicações no esporte que comanda. A Rússia foi o último país a sediar o Mundial, em 2018.

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