Novo caso de sarampo em São Paulo acende alerta e governo já teme surto
Foi o terceiro registro, desde fevereiro, de transmissão autóctone -ou seja, em que os pacientes contraíram a doença no próprio Estado
Um novo caso sarampo registrado em São Paulo acendeu o alerta nas autoridades sanitárias: foi o terceiro registro, desde fevereiro, de transmissão autóctone – ou seja, em que os pacientes contraíram a doença no próprio Estado, sem viajar ao exterior e também sem ligação entre si.
Há o temor de um novo surto da doença, e o governo de São Paulo já prepara uma campanha para incentivar a vacinação das crianças de até 5 anos, público-alvo da imunização.
O caso foi confirmado nesta semana, em Santos, mesma cidade em que outro paciente havia sido diagnosticado com a doença no mês passado. Em fevereiro, outra pessoa com a doença foi identificada na cidade de São Paulo.
Foram os primeiros casos de sarampo depois de cerca de oito meses sem registros de ocorrência da doença.
Em 2016, o Brasil recebeu o certificado oficial de erradicação da enfermidade, o que foi creditado à ampla vacinação da população. Apenas três anos depois, em 2019, a alegria acabou, e o país assistiu a um novo surto da doença.
A razão: a cobertura vacinal desabou, de 95% naquele ano para cerca de 72%. A preocupação com um novo surto da doença no São Paulo é enorme, já que a cobertura das vacinas contra a doença também vem caindo no estado. Em 2018, ela atingia 81.8% das crianças até cinco anos. Em 2019, o percentual caiu para 82,5%; em 2020, para 67,1%; e, em 2021, para 60,1%, quando considerada a segunda dose da vacina.
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