‘Putin vai perder tudo’, diz Zelensky em discurso no Dia da Vitória
Data que marca os 77 anos do triunfo soviético sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial, que é comemorado pela Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comparou o líder russo, Vladimir Putin, a Adolf Hitler e disse que o adversário “perderá tudo”, em um vídeo publicado no Dia da Vitória, data que marca os 77 anos do triunfo soviético sobre os nazistas na Segunda Guerra Mundial.
“Aquele que está repetindo os crimes horríveis do regime de Hitler hoje, seguindo a filosofia nazista e copiando tudo que eles fizeram, está condenado, pois foi amaldiçoado por milhões de ancestrais ao começar a imitar seu assassino. E, portanto, ele vai perder tudo”, disse.
A gravação, compartilhada no Telegram, mostra Zelensky caminhando por uma avenida do Centro de Kiev com uma música dramática ao fundo.
O ucraniano também disse que o país não permitirá que a Rússia “se aproprie da vitória sobre o nazismo”. “Hoje celebramos o dia da vitória sobre o nazismo. Estamos orgulhosos de nossos ancestrais que, ao lado de outras nações da coalizão anti-Hitler, derrotaram o nazismo. E não permitiremos que ninguém anexe esta vitória. Não permitiremos que seja apropriada”, declarou.
A guerra russa na Ucrânia chegou hoje ao 75º dia. A “desnazificação” da Ucrânia é a principal razão alegada por Putin para justificar a invasão.
EM MOSCOU, PUTIN FALA EM “PREVENÇÃO”
Enquanto isso, Vladimir Putin fez um discurso de 11 minutos durante um desfile militar para marcar a data. Nele, declarou que a invasão ao território ucraniano foi um ataque preventivo contra a “agressão”, em referência à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). “Os países da Otan não queriam nos ouvir. Isso significa que, na realidade, eles tinham planos bem diferentes.”
Segundo Putin, com a possibilidade de ingresso da Ucrânia na Otan, havia “uma ameaça inaceitável para nós bem em nossas fronteiras”. Para o presidente russo, invadir a Ucrânia foi uma ação de defesa de terras russas.
Para Putin, “o perigo crescia a cada dia”, reforçando acreditar que a invasão, como “rejeição preventiva à agressão”, foi uma decisão certa, “oportuna e única”. “A decisão de um país soberano, forte e independente.”
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