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Segunda dose da covid-19 pode estar atrasada em mais da metade das crianças no país

Apenas 4,3 milhões das crianças completaram o esquema de vacinação no prazo estipulado pelos fabricantes


Por Folhapress Publicado 20/05/2022
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Foto: Roberto Gardinalli

A vacinação infantil contra covid no Brasilsinais de lentidão. De acordo com números oficiais do Ministério da Saúde, mais da metade das crianças que receberam a primeira dose de uma das vacinas contra covid-19 nos primeiros meses do ano podem estar com a segunda dose atrasada.

Os dados mostram que 9,2 milhões de crianças iniciaram a vacinação nos primeiros meses da campanha, mas apenas 4,3 milhões completaram esse esquema de vacinação no prazo estipulado pelos fabricantes -de 28 dias entre doses para a Coronavac e de oito semanas para a Pfizer pediátrica.

Isso significa que 52,9% das segundas doses infantis contra covid podem estar com aplicação atrasada, o que, de acordo com especialistas, pode comprometer a proteção da vacina.

As vacinas chegaram aos bracinhos infantis em janeiro -quase um mês depois da primeira autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Começou com a Pfizer, aplicada em crianças de 5 a 11 anos a partir de 14 de janeiro. Depois foi a vez da Coronavac, que passou a ser ministrada de 6 a 17 anos a partir do dia 20 daquele mês.

Em nota à Folha, o Ministério da Saúde disse que já distribuiu para estados e Distrito Federal o total de 21,3 milhões de vacinas para imunizar a população de 5 a 11 anos com a primeira dose e mais 18,7 milhões para a segunda dose.

“Desde o início da campanha de vacinação infantil, o quantitativo de doses é distribuído de maneira proporcional e igualitária, e pactuado de forma conjunta entre o Ministério da Saúde e representantes dos estados, municípios e DF”, diz a nota.

Questionado sobre campanhas de vacinação para atingir as metas das crianças, o ministério respondeu que “articulou ações de incentivo à vacinação, incluindo a veiculação de campanha publicitária na TV, rádio, mídia exterior e internet. Além disso, foram realizadas diversas matérias informativas no site da pasta, publicações nas redes sociais, além de entrevistas e coletivas de imprensa para esclarecimentos acerca do tema.”

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