Segunda dose da covid-19 pode estar atrasada em mais da metade das crianças no país
Apenas 4,3 milhões das crianças completaram o esquema de vacinação no prazo estipulado pelos fabricantes
A vacinação infantil contra covid no Brasil dá sinais de lentidão. De acordo com números oficiais do Ministério da Saúde, mais da metade das crianças que receberam a primeira dose de uma das vacinas contra covid-19 nos primeiros meses do ano podem estar com a segunda dose atrasada.
Os dados mostram que 9,2 milhões de crianças iniciaram a vacinação nos primeiros meses da campanha, mas apenas 4,3 milhões completaram esse esquema de vacinação no prazo estipulado pelos fabricantes -de 28 dias entre doses para a Coronavac e de oito semanas para a Pfizer pediátrica.
Isso significa que 52,9% das segundas doses infantis contra covid podem estar com aplicação atrasada, o que, de acordo com especialistas, pode comprometer a proteção da vacina.
As vacinas chegaram aos bracinhos infantis em janeiro -quase um mês depois da primeira autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Começou com a Pfizer, aplicada em crianças de 5 a 11 anos a partir de 14 de janeiro. Depois foi a vez da Coronavac, que passou a ser ministrada de 6 a 17 anos a partir do dia 20 daquele mês.
Em nota à Folha, o Ministério da Saúde disse que já distribuiu para estados e Distrito Federal o total de 21,3 milhões de vacinas para imunizar a população de 5 a 11 anos com a primeira dose e mais 18,7 milhões para a segunda dose.
“Desde o início da campanha de vacinação infantil, o quantitativo de doses é distribuído de maneira proporcional e igualitária, e pactuado de forma conjunta entre o Ministério da Saúde e representantes dos estados, municípios e DF”, diz a nota.
Questionado sobre campanhas de vacinação para atingir as metas das crianças, o ministério respondeu que “articulou ações de incentivo à vacinação, incluindo a veiculação de campanha publicitária na TV, rádio, mídia exterior e internet. Além disso, foram realizadas diversas matérias informativas no site da pasta, publicações nas redes sociais, além de entrevistas e coletivas de imprensa para esclarecimentos acerca do tema.”
✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.