São Paulo confirma 2º caso de varíola dos macacos
O primeiro caso da doença foi confirmado na quarta-feira (8) também em um homem de 41 anos que tinha viajado para Portugal e Espanha
São Paulo confirmou neste sábado (11) o segundo caso de varíola do macaco no estado. O paciente é um homem de 29 anos, que está isolado em sua residência em Vinhedo (a 85 km de SP).
O caso é considerado importado, já que o paciente tem histórico de viagem para Portugal e Espanha e teve os sintomas e as primeiras lesões na pele ainda na Europa.
O primeiro caso da doença foi confirmado na quarta-feira (8) também em um homem de 41 anos que tinha viajado para os mesmo países. Ele segue internado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com boa ecolução do quadro clínico, segundo o governo do estado.
O resultado positivo deste segundo caso foi confirmado por um laboratório espanhol, após o desembarque do homem no Brasil nesta quarta-feira, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Há ainda um outro caso em investigação desde a semana passada, de uma mulher de 26 anos, moradora da capital paulista. Neste caso, a paciente não tem histórico de viagem a outros países.
Em todo o país, há pelo menos oito casos suspeitos da varíola dos macacos em investigação, conforme nota do ministério divulgada na quarta. São pessoas que moram em Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar o avanço da doença.
No mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabiliza mais de 1.000 casos confirmados em 29 países. Nenhuma morte foi registrada.
A doença é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero Orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola, doença erradicada em 1980.
Embora tenham suas semelhanças, existem diferenças entre as duas doenças. Uma delas é a letalidade: a varíola matava cerca de 30% dos infectados. Já a varíola dos macacos conta com uma taxa de mortalidade entre 3% a 6%, segundo a OMS.
Os sintomas mais comuns aparecem dentro de seis a 13 dias após a exposição, mas podem levar até três semanas. As pessoas que adoecem geralmente apresentam febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.
Cerca de um a três dias após a febre, a maioria das pessoas também desenvolve uma erupção cutânea dolorosa característica desse gênero de vírus. A erupção pode começar no rosto, nas mãos, nos pés, no interior da boca ou nos órgãos genitais do paciente e progredir para o resto do corpo.
A doença já era conhecida, mas vinha sendo registrada principalmente em países africanos. O que deixou a comunidade científica em alerta foi a disseminação rápida do vírus para outros países fora da África.
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