Campinas confirma cinco casos e três mortes de febre maculosa neste ano
Caso a pessoa passe por áreas de vegetação e de mato, especialmente próximas de cursos hídricos, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias
A prefeitura de Campinas (SP) confirmou até esta quarta-feira (27) cinco casos e três óbitos em decorrência da febre maculosa em 2022. Apenas na semana passada, o município registrou quatro infecções, e duas pessoas morreram pela doença.
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A febre maculosa é uma doença de origem bacteriana com transmissão entre animais e humanos. É causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e tem como principal vetor o carrapato-estrela infectado –o contágio ocorre a partir da picada do inseto. As informações são da Agência Brasil.
Em todo ano de 2021, foram 11 casos e cinco mortes pela doença na cidade paulista. O número de óbitos se repetiu em 2020, que teve, ao todo, sete infecções confirmadas pela prefeitura.
A doença pode causar a morte em até duas semanas se não for tratada de forma precoce e corretamente, alertam a Unidade de Vigilância de Zoonoses da prefeitura de Campinas.
O órgão realizou nesta quarta uma pesquisa no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para investigar a presença de carrapatos-estrela infectados com a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa.
O estudo veio após a morte pela doença de uma pessoa de 30 anos, picada anteriormente por um carrapato-estrela no município. De acordo com laudo emitido pelo Departamento de Vigilância Sanitária de Campinas, a Praça da Paz foi o “local provável de infecção” –a área de 53 mil m² fica localizada no campus de Barão Geraldo da Unicamp.
Para haver contaminação, o carrapato infectado deve ficar aderido à pele por, pelo menos, quatro horas. Este é o tempo mínimo para que as bactérias sejam introduzidas no organismo humano.
Uma das maneiras mais eficazes de prevenir a transmissão da doença é utilizar vestimentas que cubram os membros inferiores e superiores, assim como fazer a busca por carrapatos nas áreas expostas a cada duas horas. Não há risco de transmissão da doença de uma pessoa para outra.
Caso a pessoa passe por áreas de vegetação e de mato, especialmente próximas de cursos hídricos, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença como febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo.
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