CPI do IPTU: contribuintes pagaram R$300 mil em espécie a ex-servidor que está preso
Os ouvidos pela CPI são pai e filho, e disseram que venderam um imóvel e portanto estavam com o dinheiro em espécie e foram até a Prefeitura para pagar tudo
Em uma nova rodada de depoimentos da CPI do IPTU na Câmara Municipal de Limeira nesta sexta-feira (2) mais polêmica. Dois empresários que foram ouvidos pelos vereadores admitiram ter pago R$300 mil reais em dinheiro ao ex-servidor Cleber Barrote, que está preso.
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Ambos os depoentes são responsáveis por 55 lotes de um condomínio localizado na Rodovia Limeira-Iracemápolis e buscaram a Prefeitura de Limeira para regularização das dívidas. No guichê do Departamento Tributário, segundo o depoimento, uma pessoa chamou o então servidor Cleber Barrote para ver o valor da dívida.
Cleber teria levado cerca de três dias para passar o valor da dívida avaliada então, em R$300 mil. No relato, um dos depoentes explicou que o pagamento foi feito em duas parcelas de R$150 mil, em dinheiro. Cleber foi servidor da Prefeitura até o fim do ano passado, e foi preso no dia 23 de junho durante a operação deflagrada em junho.
Os ouvidos pela CPI são pai e filho, e disseram que venderam um imóvel e portanto estavam com o dinheiro em espécie e foram até a Prefeitura para pagar tudo. “É normal termos dinheiro em espécie, porque às vezes tem pessoas que querem pagar em dinheiro. E pagamos em dinheiro, as vezes para evitar movimentações financeiras”, justificaram.
À CPI, os dois empresários afirmaram durante o depoimento que pagaram essa semana a dívida junto ao Executivo, com valor atualizado em R$567.000,39. O valor teve que ser pago novamente pois após o escândalo, o prefeito Mario Botion anulou os cancelamentos ilegais.
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