Escola faz momento de oração para homenagear estudante de 6 anos que morreu de febre maculosa
“Lara era uma menina alegre, dedicada e responsável. Ficamos consternados com a notícia”, disse a diretora da escola
Alunos da EMEIEF Prof. Noedir Tadeu Santini, no Parque Nossa Senhora das Dores, estão em luto pelo falecimento da estudante Lara Lima da Silva Santos, de 6 anos, ocorrido nesta segunda-feira (5), por febre maculosa. De acordo com a diretora da unidade, Marcia Dalva Machinski Cechelero “Lara era uma menina alegre, dedicada e responsável. Ficamos consternados com a notícia”.
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As aulas ocorrem normalmente nesta terça-feira (6), mas na segunda (5) quando soube do falecimento da garota, a direção da unidade fez um revezamento para que os profissionais da escola pudessem acompanhar o velório. “Quando recebemos a notícia, pensamos de que forma comunicar o ocorrido. E então passamos de sala em sala informando os alunos sobre o falecimento da Lara e fizemos um momento de oração com as crianças”, disse.
A irmã de Lara, Alana Lima da Silva Santos de 10 anos também estuda na unidade, assim como primos da garota. De acordo com a diretora, os familiares dela não foram à aula nesta terça (6) e a direção ainda discute a volta desses alunos e como lidar com o tema.
FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa .
- Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
- Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.
No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela, A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode albergar a bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
A Febre Maculosa, se não tratada adequadamente, pode evoluir para quadros graves e levar a pessoa à morte.
IMPORTANTE: De acordo com a Portaria do MS de consolidação PORTARIA Nº 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020 – todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se iniciar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes.
Os principais sintomas da Febre Maculosa são:
- Febre
- Dor de cabeça intensa.
- Náuseas e vômitos.
- Diarreia e dor abdominal.
- Dor muscular constante.
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
- Gangrena nos dedos e orelhas.
- Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.
Além disso, com a evolução da Febre Maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.
COMO PREVENIR A FEBRE MACULOSA?
A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato.
Devem ser adotas algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde haverá exposição à carrapatos:
- Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
- Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
- Evite andar em locais com grama ou vegetação alta.
- Use repelentes de insetos;
- Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
- Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça.
- Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.
Informações: Ministério da Saúde
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