Júri condena homem que deu 54 facadas na ex-mulher
Inconformado com a separação, autor se escondeu no porta malas de um carro e matou a vítima na saída de um a casa de show
O homem, de 40 anos, acusado de matar a ex-companheira Micheli de Paiva Lima Goulart, em 20 de outubro de 2020, foi condenado pelo conselho de sentença do Tribunal do Júri de Limeira a uma pena de vinte e cinco anos de reclusão, pela morte da jovem que tinha 24 anos à época do crime. A moça estava acompanhada de uma amiga e foi morta com 54 facadas dentro do carro da testemunha. O autor se escondeu no porta malas do carro para esperar o momento certo para atacar.
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A sentença foi lida pelo juiz Rogério Danna Chaib no dia 13 de setembro. O autor, identificado como A.S.R.S., foi condenado por homicídio quintuplamente qualificado (feminicídio, motivo fútil, emprego de meio cruel, mediante emboscada e no âmbito doméstico) além de uma ameaça contra a testemunha do crime.
Em seu relato, o magistrado destaca a brutalidade da forma em que o crime foi cometido e que o homem sabia que a vítima tinha uma filha de ‘tenra idade’, que ficaria desamparada com a morte da mãe. Ainda de acordo com Chaib, o homem mostrou desprezo à vida alheia, ao afirmar que, se não matasse a vítima naquela oportunidade, viria matá-la em casa. Além da restrição de liberdade pelo homicídio, o réu deve pagar multa de 100 Ufesp’s (R$ 3197).
Vítima disse que estava aliviada em se separar de autor
Recém separada do seu algoz, Micheli decidiu acompanhar uma amiga a uma casa de shows, na zona rural. Ela disse a conhecidos, que estaria aliviada pela separação e isso teria causado a fúria do homem, que decidiu matá-lo. Testemunhas afirmaram à polícia que o autor foi visto na frente da casa dela, horas antes do crime. Um parente de A., que estava na mesma festa que Micheli chegou a lhe oferecer uma carona, o que foi negada pela vítima.
A. sabia que a tampa do porta malas do carro da amiga não trancava e se escondeu no compartimento. Assim que o carro entrou em movimento, ele atacou a ex a facadas. Segundo a mulher que assistiu o crime, o autor chegou a se afastar da vítima, mas voltou para desferir mais facadas ao perceber que ela estava não estava morta. Ele chegou a fugir do local, mas se entregou à polícia, no mesmo dia, depois de sofrer pressão de familiares. Semanas antes, uma ocorrência de ameaça do homem contra a moça foi feita no plantão policial, mas, segundo familiares, ela não acreditava no que ele dizia.
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