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Delegado entende que barbeiro agiu em legítima defesa ao matar homem

Claudio Navarro deve apurar o caso, mas entende que barbeiro não cometeu crime ao matar homem


Por Carlos Gomide Publicado 21/09/2022
Assassinato no Olga Veroni homem saiu da cadeia, invadiu barbearia com revólver e fez ameaças
Foto: Carlos Gomide

O advogado do barbeiro, de 32 anos, que matou Roney José Venâncio de Souza, de 28 anos, na tarde de terça-feira da semana passada, apresentou o cliente ao delegado titular do 4º Distrito Policial, Claudio Navarro, na tarde da última sexta-feira. O profissional prestou depoimento e foi liberado da delegacia. Para a Polícia Civil, o barbeiro agiu em legítima defesa própria e de terceiro (da esposa), ao atingir o homem com dois tiros, na frente do salão onde trabalhava no Jardim Olga Veroni. 

O barbeiro fugiu logo depois do crime, deixando a arma do crime no local. Souza morreu na frente da barbearia, depois de ser alvejado na altura da barriga e do peito. Ele, que havia acabado de sair da cadeia, foi ao local para cumprir uma promessa que tinha feito ao filho, 15 dias antes: o de matar a ex-esposa e o atual marido dela, por não aceitar o relacionamento de ambos. No dia, o caso foi registrado como homicídio na DIG, mas caberia ao delegado do distrito da área analisar as circunstâncias do crime. O defensor do barbeiro anexou o boletim de ocorrência feito na DDM dias antes, depois que o jovem foi visitar o pai na cadeia. Assustado, o garoto chegou em casa e alertou a mãe, que registrou a queixa. 

No dia do crime, o barbeiro teria sido avisado que Souza estava solto e que estava pretendendo ir ao local. “Ele estava fechando a barbearia para fugir, quando o Souza chegou”, alegou o advogado. Houve uma briga que teria envolvido a irmã do presidiário e a ex-esposa dele. “Quando o barbeiro viu que ele estava sacando a arma para atirar na esposa, pulou em cima e torceu o braço. Quem disparou os tiros que mataram o Souza foi ele mesmo”, defendeu o advogado. 

A fuga, segundo o defensor, foi pelo medo de represália. “O pessoal ‘do corre’ chegou a questioná-lo sobre o ocorrido. Como o Souza é envolvido com criminosos ‘barra pesada’, meu cliente achou por bem ficar longe e esperar a poeira abaixar”, alegou o advogado. O barbeiro teria mudado de telefone e saído da cidade. “O dono da ação penal é o Ministério Público que é quem deve representar ou não pela condenação do barbeiro, mas o delegado nem o indiciou pela morte do homem, por entender que ele agiu em legítima defesa”, frisou o advogado. 

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