Tite desiste de rodízio de capitão da seleção na Copa
Dani Alves aparece como o candidato natural ao posto de capitão, mas outros nomes também são cotados para a função
Ao longo dos últimos anos, a faixa de capitão da seleção brasileira não teve um dono fixo. Mas a história será diferente na Copa do Mundo, no que depender de Tite. Salvo qualquer problema físico ao longo do torneio, a ideia é que a função seja exercida por um único jogador.
Dentro desse conceito, o técnico já definiu o critério que vai basear a escolha, segundo apurou o UOL Esporte: um misto de tempo de seleção com idade.
Considerando essas características, Dani Alves aparece como candidato natural ao primeiro lugar da fila – foi assim na Copa América 2019. No entanto, a incerteza sobre suas condições físicas e técnicas e sobre a própria convocação para o Mundial torna Thiago Silva o substituto imediato. Eles têm 39 e 38 anos, respectivamente.
Na última Copa do Mundo, a seleção de Tite teve três capitães diferentes em cinco jogos: Marcelo, Miranda (duas vezes) e o próprio Thiago Silva (também duas vezes).
Fora em 2018, Dani foi capitão em 15 das 50 partidas realizadas desde a Copa do Mundo da Rússia. Só que a presença dele no Qatar ainda é dúvida. O lateral deixou o Barcelona ao fim da temporada passada e assinou com o Pumas, do México.
O problema é que o time decepcionou e não avançou o suficiente para dar a Daniel calendário de jogos que pudesse mantê-lo em forma e com ritmo. Por isso, passará um mês só treinando no próprio Barça e não faz pressão por ser declarado capitão.
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Ainda que seja convocado para a Copa, Dani também não tem a certeza de titularidade. Danilo foi o titular da lateral na maior parte da preparação para a Copa. Nessa hipótese, a faixa tende a ficar com Thiago Silva, que exerceu a função em 13 partidas desde a Rússia. Ainda consolidado na zaga da seleção, mesmo aos 38 anos, ele foi alvo de elogios recentes de Tite por fazer coisas difíceis parecerem fáceis.
A faixa de capitão rodou por mais braços ao longo dos últimos 50 jogos da seleção. Casemiro soma dez partidas nessa condição, enquanto Marquinhos e Neymar têm seis cada um. A capitania de Casemiro veio em um contexto mais tenso, da Copa América 2021, quando o grupo e o treinador se posicionaram contra a direção da CBF, que abrigou o torneio continental no Brasil.
NEYMAR PODE SER CAPITÃO NO QATAR?
Independentemente de quem receba a faixa, Tite gosta de ter um grupo com muitos líderes. Em entrevista ao UOL, ele repetiu o conceito de que “liderança não precisa de tarja para ser capitão” e explicou o motivo de não atribuir a Neymar essa condição atualmente, como fez no passado.
“ELE É UM DOS LÍDERES”, CITOU O TREINADOR
Neymar tem mostrado sucesso nos bastidores da seleção no acolhimento dos jogadores mais jovens, sem contar na eficiência com a bola no pé. Mas a exposição e a forma como se comunica, inclusive em entrevistas na rotina da seleção, é um motivo pontuado por Tite na explicação para não colocar o camisa 10 como primeira escolha de capitania:
“Tem diversas formas de liderar. Uma delas é saber se manifestar com a imprensa. Ele tem dificuldade com vocês de externar. Quando está no ambiente, ele é o primeiro a fazer assim [abraçar] com os garotos e os jovens. Estou falando a verdade. Se manifestar e estar na frente da imprensa é difícil, é muito difícil. Às vezes, a gente não consegue traduzir em palavras o que a gente pensa”.
A convocação dos 26 representantes da seleção brasileira na Copa do Mundo acontece no dia 7, às 13h (de Brasília). A depender dos nomes anunciados por Tite, já vai ser possível ter ideia de quem são os candidatos a capitão do hexa.
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