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Governo Lula adota uso da linguagem neutra “todes” em cerimônias oficiais

A construção linguística tem como objetivo representar pessoas que não se identificam com os gêneros feminino e masculino


Por Redação Educadora Publicado 05/01/2023
Linguagem neutra todes é usada em cerimônias do governo Lula
BRASÍLIA,DF,02.01.2023:MARGARETH-MENEZES-CERIMÔNIA-POSSE – Cerimônia de posse Margareth Menezes como ministra realizada no Museu da República, na cidade de Brasília, DF, nesta segunda-feira, 02. (Foto: Matheus W Alves/Futura Press/Folhapress)

Polêmica e questionada por diversos linguistas e professores, a chamada linguagem neutra vem sendo utilizada em cerimônias oficiais de ministérios do governo Lula.

A construção linguística, que tem como objetivo representar pessoas que não se identificam com os gêneros feminino e masculino, foi inserida nas cerimônias dos ministérios da Fazenda; de Direitos Humanos e da Cidadania; da Cultura; da Mulher, e das secretarias Geral da Presidência e de Relações Institucionais

Na segunda, em seu primeiro discurso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, começou sua fala com a frase: “Boa tarde a todas, a todos e a todes”.

O mesmo ocorreu nas cerimônias de posse dos ministros dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; da Cultura, Margareth Menezes; e das Mulheres, Cida Gonçalves. Na cerimônia do Ministério da Cultura, o uso da expressão foi feito pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

Para cumprimentar os presentes no evento de posse de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, a mestre de cerimônias fez uma saudação pouco usual: “Neste momento, convidamos todas, todos, e todes”.

O mesmo aconteceu em outras solenidade. Cerimonialistas e integrantes do novo governo vêm utilizando a linguagem não-binária, também chamada de linguagem neutra, em diversas ocasiões.

 CRÍTICAS

Presidente da Biblioteca Nacional no governo de Jair Bolsonaro (PL), Luiz Ramiro Jr. criticou o uso da linguagem neutra na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em mensagem de despedida publicada em uma rede social nesta quarta-feira (4). As informações são da Folhapress.


Ele foi exonerado do cargo no primeiro dia do governo petista. “Fiquei triste com o ocorrido, mas era esperado, dada a mudança de governo. Inclusive, moralmente, não poderia ficar por muito tempo, por mais que a instituição seja de Estado e os governos, transitórios”, escreveu.


Segundo ele, há diferenças de “índole e direção” entre o que ele acredita e o que é defendido pela esquerda. A linguagem neutra de gênero seria um exemplo.


“Quando este governo de esquerda adota a linguagem neutra, por exemplo, dilacera o mais belo edifício nacional, que é a própria língua; corrói o imaterial e o material, e até o mais maravilhoso prédio da Biblioteca Nacional pode ser pilhado, pois a degradação do que é mais fausto na cultura já foi feito”, afirmou.


Rejeitada pela direita, a linguagem neutra é abraçada pela esquerda como sinal de inclusão das minorias. Em diversas posses de ministros de Lula nos últimos dias, houve saudação a “todos, todas e todes”.


Conservador, Ramiro estava no cargo desde março de 2022. Seu mandato foi marcado por polêmicas, como a entrega de uma medalha ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). (COM FOLHAPRESS)

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