Funcionários do Lar dos Velhinhos de Piracicaba denunciam ‘quarto da morte’
Em representação ao MP, a prefeitura cita a não prestação de contas na utilização de R$ 845,702 mil de recursos públicos municipais repassados à entidade
Lar dos Velhinhos: funcionários denunciam ‘quarto da morte’.
Entidade tradicional de Piracicaba, o Lar dos Velhinhos é alvo de denúncias graves de maus-tratos a idosos.
Segundo reportagem do Jornal de Piracicaba, funcionários denunciaram que a instituição mantém o chamado “quarto da morte”: quando os velhinhos eram “deixados para morrer”.
“O senhor P.B, segundo a enfermeira, está desidratado, nem água está bebendo, não está comendo e nem banho estão dando nele, está há três dias sem banho”.
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Este é um trecho do relato de uma funcionária do Lar anexado pela prefeitura à representação feita ao Ministério Público do Estado de São Paulo.
Lar dos Velhinhos: funcionários denunciam ‘quarto da morte’
O órgão propôs uma ação civil pública com pedido de liminar para afastamento do presidente e membros da diretoria e nomeação de um interventor para a instituição.
O trecho citado acima faz menção ao “quarto da morte”, onde, segundo a denúncia, o idoso é colocado para morrer.
“Mas como não tem cuidador, então colocam nesse quarto para morrer”, informou, todavia, a funcionária, segundo documento da Procuradoria Geral do Município.
De acordo com o relato, o senhor P.B morreu em condição de abandono, assim como uma idosa e outro idoso, no dia 1 de julho de 2022.
“Por abandono, negligência e omissão da atual administração e as autoridades aqui de Piracicaba não estão tomando providências imediatas”, diz a funcionária.
O Ministério Público de Piracicaba propôs à Justiça ação civil pública com pedido de liminar para intervenção no Lar dos Velhinhos de Piracicaba.
É pedido afastamento de toda a diretoria e a nomeação de um interventor judicial.
O presidente, contuso, não se pronunciou até agora. Ele está afastado.
Na representação, a prefeitura cita a não prestação de contas na utilização de R$ 845,702 mil de recursos públicos municipais repassados à entidade.
Também é citado número inferior de cuidadores, falta de estrutura e de higiene dos pavilhões, precariedade dos banheiros e falta de assistência médica aos idosos.
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