Prefeitura de Ubatuba se junta a empresários e pede que turistas voltem à cidade
O pedido da prefeitura se junta a um apelo de empresários de Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela, que pressionam autoridades locais para que tentem reverter junto ao governador a orientação para que turistas evitem a região
A Prefeitura de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, pediu que os turistas voltem a frequentar o município e afirmou que os serviços já foram normalizados após as fortes chuvas que deixaram uma criança de 7 anos morta na cidade, além de outras 64 em São Sebastião.
O pedido da prefeitura se junta a um apelo de empresários de Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela, que pressionam autoridades locais para que tentem reverter junto ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a orientação para que turistas evitem a região em razão dos estragos causados pelo temporal.
O governador pediu na semana passada para que os turistas evitem ir ao litoral paulista.
A prefeita de Ubatuba, Flavia Pascoal (PL), afirmou que todos os setores da administração municipal trabalham desde o dia 18 para recuperar as áreas atingidas.
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“Fizemos esse trabalho todos esses dias focando o restabelecimento de Ubatuba. Ainda estamos em atuação, mas a cidade de Ubatuba está bem controlada. As estradas já estão com acesso liberado e estamos trabalhando, internamente, nas 46 ruas afetadas, nos bairros e nos empenhando nos planos de ajuda humanitária”, destacou.
A prefeita pediu que os turistas retornem à cidade. “Nossa principal indústria é o turismo. De 8 a 21 de fevereiro, recebemos 350 mil carros. As pessoas já podem retomar suas viagens”, afirmou.
Segundo a gestora, é o momento de unir forças. “Não posso deixar de prestar todas nossas condolências à cidade de São Sebastião. Tivemos com os dois ministros e os prefeitos Felipe Augusto [PSDB, de São Sebastião] e Toninho Colucci [PL, de Ilhabela] em Ubatuba, e estamos nos ajudando dentro do litoral para poder restituir e nos recuperarmos de tudo o que aconteceu na região, principalmente, em São Sebastião. Agora é hora de unir forças”, disse.
Segundo os empresários, a região, que tem 850 meios de hospedagem, teve até 60% de cancelamentos nas reservas, atingindo inclusive o feriado da Páscoa e as férias de julho, segundo empresários. Os representantes do setor hoteleiro afirmam que os problemas mais graves estão apenas em São Sebastião.
“Não tem motivo essa recomendação [de os turistas não irem para o litoral] para as cidades de Caraguatatuba, Ubatuba e Ilhabela, cujos acessos estão normalizados e não existem problemas mais graves causados pelas chuvas. Entendemos que a recomendação é válida para São Sebastião, cidade que foi a mais castigada pelas chuvas”, disse Rodrigo Tavano, hoteleiro de Caraguatatuba, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo.
O hoteleiro Marcos Castro, vice- presidente do Convention Bureau de Ubatuba, disse que a decisão do governo complicou ainda mais a vida dos empresários do setor.
“Assim que o governo se manifestou, aumentaram os pedidos de cancelamentos para o fim de semana. Na média, ocorreu 50% de cancelamentos nos 200 hotéis e pousadas de Ubatuba”, afirmou.
O presidente da Associação de Hotéis e Pousadas de Caraguatatuba, André Fida, disse que é solidário à triste situação pela qual passa a vizinha São Sebastião, mas manteve um pedido na página das redes sociais da entidade para que os turistas não desistam de visitar Caraguatatuba.
“Os acessos estão normalizados, o comércio e as aulas retornaram em Caraguatatuba. Está tudo bem. O turista pode vir tranquilo. Chuvas sempre teremos por aqui”, disse Fida.
O Governo de São Paulo orienta turistas a não viajarem para as áreas do litoral afetadas pelas chuvas. O objetivo é evitar sobrecarregar o atendimento em hospitais, o trânsito nas estradas e o abastecimento de água e de alimentos na região.
Segundo a Polícia Militar, as rodovias da região precisam estar desobstruídas para que veículos de socorro e de resgate possam circular livremente. A PM orienta também que doações sejam feitas em postos que não estejam localizados nos municípios atingidos.
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