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Agressores de Alexandre de Moraes são de Santa Bárbara d’Oeste

O homem apontado como o agressor do filho de Moraes foi candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste em 2004


Por Leticia Viganó Publicado 17/07/2023
Agressores de Alexandre de Moraes são de Santa Bárbara d’Oeste
Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e familiares foram hostilizados e agredidos na última sexta-feira (14) por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Entre os envolvidos estão um empresário e um ex-candidato a prefeito de Santa Bárbara d’Oeste (SP).

A Polícia Federal (PF) apura a denúncia e pelo menos quatro pessoas foram intimadas a depor, sendo que três como suspeitos e um como testemunha. Os suspeitos negam as agressões.

O CASO

As agressões aconteceram no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, por volta das 18h45. Moraes estava no país com o filho para uma palestra na Universidade de Siena.

A confusão começou após um dos suspeitos gritar e agredir fisicamente o filho do ministro, acertando o jovem com um soco no rosto. Com o golpe, os óculos do filho de Moraes caíram no chão.

Após a agressão, os suspeitos identificados como Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanatta, continuaram os xingamentos contra a família.

OS SUSPEITOS

Roberto Mantovani Filho, apontado como o homem que agrediu o filho de Moraes, é de Santa Bárbara d’Oeste (SP) e foi candidato a prefeito pelo PL em 2004, mas perdeu as eleições. Desde 2016, ele é filiado ao PSD.

A Polícia Federal também identificou outros dois agressores: uma mulher, identificada como Andreia Mantovani, esposa de Roberto, e Alex Zanatta Bignotto, dono de uma imobiliária em Santa Bárbara d’Oeste.

O empresário, de 41 anos, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de Piracicaba (SP) na manhã deste domingo (16) e negou as acusações. Ao sair da delegacia, o advogado de Bignotto disse que seu cliente não ofendeu Moraes. 

Em nota, o casal Andréa e Roberto divulgaram uma nota em que nega as ofensas, mas admite que houve um desentendimento verbal entre Andréa e os acompanhantes do ministro. O casal deve ser ouvindo nesta terça-feira (18), pois alegaram que tinham uma viagem agendada. O filho do casal, que presenciou a confusão, vai prestar depoimento como testemunha.

Leia a nota na íntegra:

“Roberto Mantovani Filho e sua esposa lamentam, sinceramente, todo o acontecido, estando convictos da existência de equívoco interpretativo em torno dos fatos. Esclarecem que as ofensas atribuídas como se fossem de Andréa ao Ministro Alexandre de Moraes foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa, não por ela. Que dessa confusão interpretativa nasceu desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o Ministro. Que diante dessa discussão, que ficou acalorada diante das graves ofensas direcionadas a Andréa, Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor. Dessa forma, reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao Min. Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio. Mesmo assim, se desculpam pelo mal entendido havido, externando o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seu familiares.

Esclarecem, ainda, que aguardarão a divulgação da íntegra das imagens eventualmente captadas no aeroporto, acreditando que serão esclarecedoras do mal entendido havido. Por fim, manifestam acreditar numa apuração isenta, técnica e equilibrada. Inclusive, já assumiram o compromisso de comparecer perante às autoridades investigantes, o que se dará muito em breve, em data já agendada.”

INQUÉRITO POLICIAL

Os envolvidos na ação foram identificados pela Polícia Federal e ao desembarcarem no Brasil foram abordados com base em reconhecimento facial. Um inquérito policial foi instaurado para apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação.

Em um acordo de cooperação internacional, a PF pediu ajuda à polícia em Roma no sábado (15), para ter acesso às imagens das câmeras do aeroporto. As imagens devem ajudar a continuidade das investigações, entretanto, ainda não há prazo para elas chegarem ao país.  

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