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São Paulo bate Palmeiras e vence a Supercopa do Brasil pela 1ª vez

Tricolor ganha nos pênaltis, com Rafael defendendo duas cobranças


Por Folhapress Publicado 04/02/2024
São Paulo bate Palmeiras e vence a Supercopa do Brasil pela 1ª vez
Foto: Alessandra Torres/ CBF

Thiago Carpini ainda não completou um mês à frente do São Paulo, mas já alcançou dois feitos antes inéditos no clube. Na terça-feira (30), celebrou uma vitória sobre o Corinthians no estádio de Itaquera. No domingo (4), conquistou um título nacional com vitória sobre um rival estadual.


A formação do Morumbi derrotou o Palmeiras nos pênaltis, por 4 a 2, após empate por 0 a 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, e levou a Supercopa do Brasil. O confronto entre o vencedor da Copa do Brasil e o do Campeonato Brasileiro terminou em triunfo do primeiro.


O placar fez de Carpini, 39, o treinador mais jovem a levantar um troféu no São Paulo desde que Muricy Ramalho com seis meses a menos do que Thiago tem hoje– comandou o triunfo na Copa Conmebol de 1994.
Anunciado no último dia 11, o técnico foi a solução encontrada pela diretoria às vésperas do início da temporada, quando Dorival Júnior deixou a equipe para assumir o comando da seleção brasileira. Chegou sob alguma desconfiança, pela ainda limitada experiência, porém prestigiado pelos trabalhos que realizou em 2023, levando o pequeno Água Santa ao vice-campeonato paulista e o Juventude ao segundo lugar do Brasileiro da Série B.


Agora, Carpini, um ex-jogador que construiu a maior parte de sua carreira como zagueiro e volante em clubes do interior de São Paulo, é um treinador campeão. Algo que alcançou já em sua quinta partida à frente da agremiação do Morumbi.


O duelo foi realizado em Belo Horizonte por causa da proibição de clássicos com duas torcidas em São Paulo, por orientação do Ministério Público do estado, em altamente contestada medida de segurança. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) acabou por definir o Mineirão como palco do torneio em jogo único.


Palmeirenses e são-paulinos, então, dividiram um estádio pela primeira vez desde 2016. E viram um embate equilibrado, truncado. Houve oportunidades de gol, mas nenhum dos times estabeleceu um real domínio.
No primeiro tempo, Rony e Mayke tiveram finalizações perigosas, bem defendidas por Rafael. Do outro lado, Weverton foi bem em chute desviado de Nikão. E sorriu quando Wellington Rato, que ficaria livre para finalizar à sua frente, falhou no domínio.


O roteiro foi parecido na etapa final. Flaco López e Mayke tiveram conclusões perigosas. Do outro lado, em saída errada alviverde, Calleri teve a chance na frente do gol e parou no arqueiro rival. Mas o zero não saiu do placar, e o título foi decidido na disputa por pênaltis.


Os quatro jogadores do São Paulo que bateram pênalti balançaram a rede –Calleri, Galoppo, Pablo Maia e Michel Araújo. Murilo e Piquerez pararam em defesas de Rafael no canto esquerdo.


Foi a primeira final propriamente dita de um torneio nacional disputada entre Palmeiras e São Paulo. Os rivais já haviam se enfrentado pelo título do Campeonato Brasileiro de 1973, mas o confronto era válido pela última rodada do quadrangular decisivo, realizada já em 1974. Na ocasião, o 0 a 0 beneficiou o time alviverde, e a formação tricolor ficou com o vice-campeonato.


Desta vez, levou a melhor a agremiação do Morumbi, que leva vantagem sobre o rival no retrospecto em decisões. As três anteriores foram no Campeonato Paulista. Vencedor em 1992 e 2021, a equipe vermelha, preta e branca foi derrotada em 2022.


PALMEIRAS
Weverton; Gustavo Gómez, Marcos Rocha e Murilo; Mayke (Gabriel Menino), Richard Ríos (Moreno), Zé Rafael (Luis Guilherme), Raphael Veiga e Piquerez; Rony e Flaco López (Jhon Jhon).
Técnico: Abel Ferreira


SÃO PAULO


Rafael; Rafinha (Moreira), Arboleda, Diego Costa e Welington (Erick); Alisson, Pablo Maia, Wellington Rato (Ferreira), Luciano (Galoppo) e Nikão (Michel Araújo); Calleri.


Técnico: Thiago Carpini
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Braulio Machado da Silva (Fifa/SC)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique (Fifa/RJ) Correa e Guilherme Dias Camilo (Fifa/MG)
VAR: Wagner Reway (VAR-Fifa/ES)
Cartões amarelos: Luciano, Pablo Maia, Wellington, Erick (SP); Raphael Veiga, Zé Rafael, Flaco López, Marcos Rocha, Luis Guilherme (PAL)

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