Pai que matou a própria filha é assassinado em presídio de SP
O crime aconteceu em 24 de março e ele foi preso em flagrante dois dias depois
Um homem, de 39 anos, preso por matar a própria filha, de 18 anos, foi encontrado morto dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) II de Pinheiros, em São Paulo, na noite desta terça-feira (2). O crime aconteceu em 24 de março e ele foi preso em flagrante dois dias depois.
Wellington da Silva Rosas foi preso suspeito de esganar Rayssa Santos da Silva Rosas e na sequência transportar o corpo numa caixa de papelão, queimá-lo e escondê-lo em um buraco.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o criminoso morreu após ter sido asfixiado por outro preso, de 38 anos. Ele chegou a ser levado para o Pronto Socorro da Lapa, porém não resistiu.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que “eram 20h quando servidores ouviram pedidos de socorro vindos do local que o preso habitava. A equipe removeu outros detentos do ambiente e levou Rosas para o pronto socorro da região, onde foi constatado o óbito. A unidade registrou Boletim de Ocorrência no 91º DP (Ceasa). A direção do presídio tenta contato com familiares para comunicar o falecimento”.
O caso
Câmeras de segurança flagraram o homem deixando o apartamento onde mora na Bela Vista um dia antes de ser detido. Nas imagens é possível ver ele usando um carrinho de mão para carregar uma caixa de papelão até um elevador.
Dentro da caixa estava o corpo de Rayssa Santos da Silva Rosas, de acordo com o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Polícia Civil, o pai matou a filha quando ela foi visitá-lo.
Em seu interrogatório, Wellington confessou o crime alegando que havia discutido com a jovem por causa da separação entre ele e sua ex-esposa, mãe da jovem. Ele disse que a garota ficou do lado da mulher, o que o deixou irritado.
Ainda segundo o Departamento de Homicídios, o pai contou ter esganado a filha. “Por asfixia, na noite de domingo, quando Rayssa estava em seu apartamento”, disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP. Depois disso, Wellington declarou que foi dormir com a vítima morta dentro do seu apartamento.
Wellington também afirmou que contratou um andarilho desconhecido para ir a um posto, comprar combustível e queimar o cadáver de Rayssa. Após a menina não voltar pra casa, a mãe dela foi até a delegacia onde registrou um boletim sobre o desaparecimento.
No dia 26 de março a Polícia Militar foi acionada depois de testemunhas encontrarem um corpo carbonizado em uma cratera. O local foi isolado para o trabalho da perícia da Polícia Técnico-Científica, que recolheu o corpo de Rayssa.
Após a confirmação de que o corpo era da jovem desparecida, o DHPP prendeu Wellington.
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