Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Dólar tem maior queda semanal desde janeiro e fecha a R$ 4,058

A semana foi terrível pelo recorte de números divulgados da economia americana. Indústria e serviços vieram com desempenho abaixo do esperado, a criação de empregos no setor privado caiu em setembro ante agosto


Por Estadão Conteúdo Publicado 04/10/2019
dólar
Moeda norte-americana caiu 2% com notícia de segundo turno – Foto: Divulgação

O dólar teve nesta primeira semana de outubro a maior queda semanal desde janeiro, um reflexo de que, ao menos por enquanto, o pânico de uma desaceleração global deu espaço à convicção de que os juros americanos devem cair para conter uma crise.
A moeda americana encerrou o dia a R$ 4,0580, recuo de 0,75%, no menor patamar desde 13 de setembro. No acumulado da semana, a queda foi de 2,38%.
Não foi um movimento exclusivo do real. Considerada uma cesta de 24 moedas de países emergentes, 19 delas ganharam força ante o dólar. A que mais se valorizou no período foi justamente a divisa brasileira; na ponta negativa está o peso argentino.
A semana foi terrível pelo recorte de números divulgados da economia americana. Indústria e serviços vieram com desempenho abaixo do esperado, a criação de empregos no setor privado caiu em setembro ante agosto. Já nesta sexta, os dados mostraram redução do desemprego, mas a leitura ainda é de que, no conjunto, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) ainda deverá cortar o juros para manter a economia crescendo.
E isso significa menor atratividade dos títulos da dívida americana e maior apetite dos investidores em buscar opções mais rentáveis -e mais arriscadas.
Aqui estão incluídos não só os investimentos em ações, mas também a migração de recursos para países emergentes, e isso explica a queda do dólar.
Ainda que seja uma redução expressiva na semana, no ano a moeda americana ainda tem alta de 4,6% e está em um patamar muito distante do que esperavam analistas.
O motivo ainda é o medo de uma recessão e também o desdobramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que elevam a incerteza e aversão a risco.
Fora do noticiário nesta semana, devido ao feriado de comemoração dos 70 anos da revolução comunista na China, o tema deve voltar a impactar os mercados nos próximos dias.
As Bolsas também tiveram um alívio com a percepção de que algo será feito para deter uma crise econômica global. Nesta sexta, assim como na véspera, os principais índices globais voltaram a subir.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, ganhou 1,02% e terminou o dia a 102.551 pontos. Na semana, porém, ainda fechou em baixa de 2,40%, algo semelhante ao registrado pelas Bolsas americanas.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.