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Vereador Ju Negão denuncia racismo em agência bancária de Limeira

O vereador contou que seu pai ficou preso dentro de uma agência do Banco do Brasil por quase duas horas


Por Redação Educadora Publicado 27/04/2024

O vereador Ju Negão denunciou um caso de racismo institucional ocorrido com seu pai na noite do dia 15 de abril em uma agência bancária localizada na Avenida Piracicaba, em Limeira (SP). A denúncia foi feita durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.

Em entrevista ao programa Educadora de Manhã com o repórter Carlos Gomide, o vereador contou que seu pai, José Eduardo Monteiro, ficou preso dentro de uma agência do Banco do Brasil por quase duas horas. Ele afirma que a porta da agência só foi liberada após a chegada da Polícia Militar (PM).

O caso aconteceu quando José Eduardo foi realizar pagamentos de três boletos na agência, por volta das 19h40, antes do horário de fechamento do local para o atendimento ao público. Ele teria finalizado os pagamentos por volta das 19h55, porém, ao tentar sair a porta da agência estava travada. Por três vezes José entrou em contato com a Central de Atendimento para comunicar o problema por telefone e foi orientado a aguardar a liberação da porta.

Em sua denúncia, o vereador falou sobre a demora e a falta de efetividade do banco em resolver a situação, além disso, ele apontou uma possível motivação racial por trás do incidente. De acordo com ele, seu pai foi liberado apenas quando uma equipe da PM chegou ao local, o que levanta questionamentos sobre o tratamento dado a clientes de diferentes origens étnicas.

“Quando minha mãe me ligou, saí da sessão e fui ao banco, cheguei às 21h40, a Polícia Militar já estava lá e tinha destravado a porta, sem dúvida alguma significa que ele estava o tempo todo sendo monitorado pelo banco. Coincidentemente a hora que a polícia chegou, destravaram a porta pra ele. Na cidade de Limeira eu desconheço que tenha havido uma situação como essa, não tenho dúvida nenhuma que, se fosse uma pessoa de pele clara, eu duvido que isso teria acontecido. Foi retido dentro da agência por ser um cidadão negro, não tenho dúvida”, desabafou Ju Negão ao relatar a história.

O vereador contou, ainda, que a polícia informou, via boletim de ocorrência, que foi acionada pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom), para que fosse feita averiguação, pois havia um cidadão retido dentro da agência. “O policial falou que todas as vezes em que é soado o alarme e encaminhado para o sistema via Copom para que se tome providências, são atitudes como se fosse um possível furto dentro da agência, por isso que eles acionam a PM para verificar”, concluiu Ju Negão.

A Comissão de Direitos Humanos irá convocar representantes do Banco do Brasil para prestar esclarecimentos sobre o incidente. Além disso, uma Moção de Repúdio foi protocolada pelo vereador Ju Negão na Câmara Municipal, que será encaminhada a diversas instituições, incluindo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), entre outros.

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