Motorista da Land Rover afirma em interrogatório que ingeriu bebida alcoólica
A perícia também estipulou a velocidade do veículo no momento da colisão
O motorista da Land Rover afirmou em depoimento à Polícia Civil que antes do acidente que matou Paul Lennon Frick, no dia 9 de março, ele ingeriu bebida alcoólica em uma casa de shows, em Limeira (SP).
A reportagem da Educadora teve acesso ao inquérito policial que foi encaminhado pelo delegado Francisco Lima à promotoria. O delegado pede o indiciamento do acusado por Homicídio Culposo, quando não há a intenção de matar.
No trecho do documento que mostra o interrogatório do motorista ele afirma que estava em uma casa de shows no Egisto Ragazzo onde consumiu “uma long neck”. Depois, no momento de ir para sua casa, não percebeu que estava acima da velocidade permitida na via.
Ele detalha que ao subir a via, Rua Sete de Setembro, viu os semáforos em amarelo piscante e até viu o Astra, porém ele achou que o Astra ia parar e não reduziu. Ao perceber que ia colidir ele freou o carro, mas não conseguiu.
No impacto, o motorista da Land Rover ficou ileso, mas Paul Lennon morreu na hora, sem chance de socorro. Ele ficou no local até a chegada da polícia e da ambulância.
O motorista confirmou em seu depoimento que informou aos PMs que havia bebido, mas não foi questionado. Segundo ele, pensou ser normal, já que estava bem e em sua concepção estava em seu juízo perfeito, ou seja, não estava alcoolizado nem embriagado.
VELOCIDADE ESTIPULADA
A perícia também entregou ao delegado seu laudo com a velocidade estipulada do veículo. Foram duas câmeras de segurança avaliadas e que auxiliaram a descobrir a velocidade do carro.
Na primeira imagem, o veículo aparece subindo a Rua Sete de Setembro, porém pouco antes do cruzamento do acidente, e nesse trecho, a velocidade foi verificada em 86 km/h.
Na segunda imagem, onde de fato aparece o acidente no cruzamento, a perícia verificou que a luz de freio é acionada, mostrando a intenção do motorista em evitar o acidente, e por conta disso a velocidade foi estipulada em 81 km/h.
Agora o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público que pode acatar o que foi sugerido pelo delegado ou até denunciar o acusado a responder uma pena mais grave.
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