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Jovem que sofre com a ‘pior dor do mundo’ morou em Limeira

Na adolescência, Carolina Arruda, diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, estudou em uma escola particular da cidade


Por Leticia Viganó Publicado 10/07/2024
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Foto: Reprodução/ Redes sociais

A jovem Carolina Arruda, que sofre da ‘pior dor do mundo’, morou durante a adolescência em Limeira (SP). De acordo com informações apuradas pela reportagem, Carolina estudou em uma escola particular da cidade. Ela foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo pelo médico de Limeira, Marcelo Senna.

Atualmente, a jovem é moradora de Bambuí, em Minas Gerais, e é estudante de medicina veterinária. Ela é casada e mãe de uma menina, de 10 anos. Carolina começou a sentir as dores quando tinha 16 anos e estava grávida.

A jovem relata que sentiu a primeira dor quando estava na casa da avó se recuperando da dengue. Depois disso os episódios ficaram mais constantes e logo após o nascimento da filha, eles ficaram frequentes.

As dores passaram a atrapalhar tanto a vida de Carolina que ela precisou abrir mão da criação da filha quando ela completou um ano. “Eram muitas crises, idas e vindas de hospitais, tratamentos, cirurgias”, disse ela em entrevista ao G1.

Eutanásia

Diante de tanta dor, Carolina decidiu colocar fim ao sofrimento e há poucos dias iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar fundos e ser submetida a eutanásia na Suíça. O país é um dos poucos no mundo onde o suicídio assistido é legal.

Entretanto, para se submeter a assistência médica para o suicídio na Suíça, o paciente precisa apresentar provas da condição médica, passar por avaliações psiquiátricas e demonstrar um desejo consistente de pôr fim à vida.

Médico de Limeira descobriu doença

O neurocirurgião de Limeira (SP) Marcelo Senna, que é especialista em neuralgia do trigêmeo, foi responsável por diagnosticar há 7 anos a jovem Carolina Arruda, que sofre da ‘pior dor do mundo’.

Senna afirma que a neuralgia do trigêmeo não aparece em exame de imagem e que na idade da jovem o diagnóstico é extremamente raro. Na época em que Carolina procurou Senna, ela tinha 20 anos e já convivia com as dores há cerca de quatro anos.

O médico explica que as dores decorrem de uma artéria que se desloca e comprime o nervo do trigêmeo que, na face, é o mais calibroso. Anos antes, Senna já havia diagnosticado o bisavô da jovem.

Após o diagnóstico, Carolina passou por diversos tratamentos, como rizotomia por balão, descompressão microvascular enerólises por fenolização, mas nenhum dos tratamentos foi de fato eficaz.

Neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo, é conhecida como a “doença do suicídio” e comparada a choques elétricos. O trigêmeo é um dos maiores nervos sensitivos do corpo humano e tem esse nome pois se divide em três ramos:

  1. o ramo oftálmico;
  2. o ramo maxilar, que acompanha o maxilar superior;
  3. o ramo mandibular, que acompanha a mandíbula ou maxilar inferior.

O trigêmeo controla as sensações que se espalham pelo rosto e é responsável por permitir, por exemplo, que as pessoas sintam o toque, uma picada e as dores. Normalmente, a doença atinge um lado do rosto, porém, em casos mais raros, pode atingir os dois lados.

Especialistas afirmam que a dor causada pela doença é uma das piores do mundo, podendo ser comparada à facadas na face. Ela é disparada por gatilhos como, falar, mastigar, escovar os dentes, se barbear e até mesmo a brisa do vento no rosto.

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