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Com a chancela da CBF, vem aí a Taça dos Povos Indígenas

Competição contará com 2400 atletas de 48 etnias


Por Redação Educadora Publicado 24/09/2024
Com a chancela da CBF, vem aí a Taça dos Povos Indígenas
Imagem: Divulgação

O sorteio da Taça dos Povos Indígenas será realizado nesta quinta-feira (26) no auditório da CBF, às 11h30. A entidade é uma das apoiadoras do primeiro campeonato de futebol entre indígenas realizado no Brasil, com a participação de 2.400 atletas de 48 etnias de todas as regiões do país.

Além do presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Ednaldo Rodrigues, o evento contará com a presença de diversas etnias e autoridades que estão envolvidas na iniciativa.

A competição começa em 26 de novembro. Todos os jogos serão disputados na Aldeia Multiétnica, localizada em uma área de preservação próxima a Alto Paraíso de Goiás (GO), no entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.

O objetivo do projeto é valorizar a cultura e as tradições dos povos originários, oferecer oportunidades de inclusão social e fazer do futebol uma plataforma de desenvolvimento e aprendizado.

“A CBF trabalha sempre para fazer do futebol um ambiente mais inclusivo e uma sociedade mais coesa e acolhedora. A Taça dos Povos Indígenas faz parte do compromisso que assumi com o Papa Francisco há dois anos ao assinar a Declaração do Esporte para Todos no Vaticano. Vamos fazer a melhor competição da história”, disse o presidente da CBF, que tem também ascendência indígena.

A sua cidade de origem, Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, abriga três das primeiras etnias indígenas reconhecidas no Brasil, os Mongoyó, os Ymboré e os Pataxó. “Vamos transformar o auditório da CBF em uma grande aldeia no dia do sorteio”, completou Ednaldo Rodrigues.

O torneio será dividido em quatro etapas. A primeira, entre os dias 26 e 30 de novembro, contará com povos do Centro-Oeste. Já as outras três etapas, realizadas entre fevereiro e junho de 2025, reunirá etnias das regiões Nordeste, Sul/Sudeste e Norte, respectivamente. Todas elas terão fase de grupos, classificatórias e finais.

“O futebol tem um poder muito grande, que é capaz de unir tudo. A Taça dos Povos Indígenas é um projeto sem fronteiras, sem limites, que usa o esporte como plataforma para inclusão social, reparação histórica, valorização cultural e transformação. É um momento muito especial porque, pela primeira vez, uma competição dos povos originários terá a chancela da CBF. Esta é uma iniciativa ímpar, acolhedora, e que vai muito além do esporte”, destaca Líbia Miranda, Diretora Executiva da FourX Entertainment, organizadora do evento.

Cada etnia estará representada por um time feminino e um masculino. Ou seja, serão 12 equipes formadas por homens e 12 formadas por mulheres em cada etapa. A participação é gratuita, e a organização ficará responsável por todos os gastos com transporte, alimentação, hospedagem e artigos esportivos, incluindo uniforme completo e chuteira. Os campos terão o formato padrão das competições organizadas pela CBF.

A Aldeia Multiétnica, sede de todo o campeonato, também será um espaço de imersão cultural e aprendizado. Todas as nove ocas contarão com pontos de interação, com orientações sobre alimentação e suplementação para os atletas; dicas a respeito de carreira e administração de recursos financeiros; qualificação tecnológica; assistência médica e atendimento psicológico.

Durante os dias do evento haverá shows, apresentações típicas e um momento onde as diferentes etnias poderão se conhecer, entender as semelhanças, as diferenças e os desafios por elas enfrentados.

Além disso, debates e encontros também serão promovidos para fortalecer o legado indígena.

“É uma forma de incentivar, de motivar a juventude, de apoiar o esporte nas aldeias, além de democratizar a participação indígena nesses espaços. Nos territórios indígenas, pode até faltar algum tipo de estrutura, mas campo de futebol, todas as aldeias têm. Os jovens gostam dessa competição, de realizar campeonatos, e agora nós estamos juntos, com o apoio da CBF, para fortalecer o esporte nas aldeias”, exalta Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.

A competição é organizada pela FourX Entertainment, com apoio do movimento Inclusion For All, da CBF, da Seleção Indígena de Futebol do Brasil e das Américas (SIFBA), do Ministério dos Esportes e do Ministério dos Povos Indígenas.

Ao longo das etapas, a Taça dos Povos Indígenas receberá representantes da ONU, da Fifa e da própria CBF. O projeto também está presente no “ParaQuemDoar”, onde recebe doações por meio do site: https://www.paraquemdoar.com.br/i4a.

Mais informações sobre a Taça dos Povos Indígenas podem ser encontradas no site: https://tacadospovosindigenas.com.br.

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