Morre piloto de avião que caiu em BH
Outras três pessoas morreram no local. A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou as mortes de Hugo Fonseca, 38, que também estava no avião, e Pedro Antônio Barbosa. A terceira vítima só terá o nome confirmado após identificação pelo IML.
A Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) confirmou na tarde desta terça-feira (22) a morte do piloto do avião que caiu em Belo Horizonte nesta segunda. Alan Duarte de Jesus Silva, 29, é a quarta morte ligada ao acidente.
Outras três pessoas morreram no local. A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou as mortes de Hugo Fonseca, 38, que também estava no avião, e Pedro Antônio Barbosa. A terceira vítima só terá o nome confirmado após identificação pelo IML.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou nesta terça que as duas vítimas que não estavam no avião -dois homens- estavam no mesmo carro, quando foram atingidos pelo monomotor.
A informação inicial era de que um deles seria um pedestre, porque foi socorrido em um ponto relativamente distante do carro e, pelo estado de consciência, não pode confirmar às equipes onde estava no momento do acidente.
No Hospital João 23, para onde onde os sobreviventes foram levados, o pai de Alan, Deusdeth Duarte, contou que o filho era um piloto experiente, com 10 anos de carreira. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a habilitação dele era válida.
Outros dois pacientes, que estavam no avião, seguem internados. A Fhemig diz que os dois estão em estado grave, mas com quadro estável. Um dos dois homens, de 32 anos, deve passar por mais uma cirurgia no decorrer da semana.
Ainda na segunda, a médica Kelly Danielle de Araújo, cirurgiã plástica e coordenadora da Unidade de Tratamento de Queimados do hospital, explicou que o protocolo prevê várias idas ao bloco cirúrgico para seguir com limpeza, até a queimadura ser limitada.
Pessoas que estavam no local do acidente chegaram a tirar foto dos dois homens sentados em uma calçada, quase sem roupas, sendo molhados por uma mangueira com água. Segundo a médica, a ação é correta para aliviar queimaduras.
Além das queimaduras externas, as vítimas também tiveram diagnóstico de queimaduras internas, com as vias áreas afetadas pela inalação da fumaça quente. Os três sobreviventes chegaram ao hospital já entubados.
“[A fumaça] vai para brônquios, pulmão, traqueia. Você vai ter uma evolução diferente desse paciente com acometimento de via área, porque ele não tem só o tubo para ventilar, tem também queimadura nos pulmões, alvéolos”, diz a médica.
O monomotor, um Cirrus SR20, com ano de fabricação de 2007, estava com dados cadastrais em dia e apto para voar, segundo a Anac. Apesar de o proprietário registrado na ficha ser a Helicon Táxi Aéreo, empresa do Paraná, a agência afirma que a aeronave havia sido vendida e estava em fase de transferência de proprietário.
Um dos sobreviventes, Srrael Campras dos Santos, aparece registrado como operador do avião -pessoa que decide a operação da aeronave. A operação para táxi aéreo aparece como negada na ficha.
Segundo a Infraero, o avião saiu do aeroporto Carlos Prates, a 7 km do centro de Belo Horizonte, com destino a Ilhéus (BA). O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) investiga o acidente.
Um vídeo exibido pela Globo News mostra que a queda ocorreu poucos segundos depois da decolagem, a 1,3 km de distância do aeroporto. No local do acidente, a poucos metros dos restos do avião, estava o paraquedas dele.
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