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Tenista brasileira de 16 anos é flagrada no doping e cumpre suspensão de 6 meses

Ela foi punida com suspensão retroativa de seis meses, período finalizado em setembro.


Por Redação Educadora Publicado 11/11/2019
Divulgação/CBF
O tênis brasileiro foi alvo de mais um caso de doping. Nesta segunda-feira, a Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) anunciou que a jovem Camilla Emília Maffei Bossi, de apenas 16 anos, foi flagrada em teste positivo realizado em março. Ela foi punida com suspensão retroativa de seis meses, período finalizado em setembro.

Camilla Bossi teve amostras de urina colhidas durante a disputa do Pro Circuit W25 Campinas, torneio de nível ITF disputado no interior de São Paulo. A competição foi realizada entre 25 e 31 de março deste ano e a urina foi obtida no dia 27. Foi a primeira vez que a tenista se submeteu a um teste antidoping em sua carreira.

A punição, anunciada somente nesta segunda, é retroativa à data do torneio em que foi flagrado o doping. A suspensão, portanto, foi encerrada no fim de setembro. A tenista, assim, já está liberada para voltar às competições.

As amostras de Camilla foram enviadas ao laboratório de Montreal, no Canadá, onde fica a principal estrutura da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). No exame, foi detectada a presença de Enobosarm, uma substância do tipo SARM S-22, proibida pela entidade. Trata-se do mesmo tipo de resultado flagrado nas amostras da também tenista Beatriz Haddad Maia, número 1 do Brasil. Ela está suspensa provisoriamente desde julho e ainda aguarda a decisão final da ITF sobre o seu caso.

Esta substâncias é considerada “agente anabólico” pela Wada. SARM, sigla para “selective androgen receptor modulator” ou “moduladores seletivos do receptor de androgênio”. Trata-se de uma versão aperfeiçoada dos esteroides anabolizantes tradicionais, mas com a promessa de causar menos efeitos colaterais no organismo.

O SARM foi desenvolvido inicialmente pela indústria farmacêutica como alternativa aos esteroides anabolizantes para pacientes com perda muscular. No entanto, mesmo sem o reconhecimento da FDA (Food and Drug Administration, na sigla em inglês), a agência norte-americana responsável pela aprovação de alimentos e medicamentos, as substâncias passaram a ser utilizadas por atletas amadores e profissionais para crescimento muscular.

Em início de carreira, Camilla Bossi tem trajetória ainda discreta entre os juvenis do Brasil. Já foi a 465ª do ranking da ITF, no início de março deste ano, antes de ser flagrado no doping. Atualmente, sem poder jogar nos últimos meses, caiu para o 1000º posto. Em seu currículo, a jovem atleta já tem um título e um vice no Banana Bowl, torneio juvenil mais tradicional do País, e no Campeonato Júnior de Porto Alegre, mais conhecido como Copa Gerdau.

CASOS RECORRENTES – O Brasil vem se destacando nos últimos pelos recorrentes flagras em exames de doping. Antes do caso de Camilla, o tênis brasileiro teve seguidos casos nos últimos dois anos, com destaque para Beatriz Haddad Maia e Thomaz Bellucci, suspenso por cinco meses no ano passado.

Também deram positivo em testes antidoping: Américo Lanzoni Netto (cumpre suspensão até 24 março de 2020), Yuri Schwanke de Andrade (até 13 de março de 2020), Marcelo Demoliner, Marcela Valle, Fernando Romboli, Igor Marcondes e Marcelo Melo, ainda no ano de 2007.

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