Aliviados pela vaga na Libertadores, jogadores defendem Diniz e Raí no SPFC
A pressão sobre os 'chefes' do futebol ainda é forte, especialmente no caso do técnico
Quando o São Paulo foi contratar um substituto para Cuca, Fernando Diniz recebeu o aval dos líderes da equipe. Após muita oscilação no Brasileiro, pressão da torcida e a conquista da vaga para a fase de grupos da Copa Libertadores, os jogadores continuam do lado do treinador, que não tem prazo de contrato com o time paulista e pode perder o emprego. Quem também teve o apoio do elenco depois da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional foi o executivo de futebol do clube, Raí, que está ameaçado no cargo e corre o risco de ser trocado por um conselheiro.
“Não sei o que vai acontecer. É algo pessoal do Raí, mas todo o time e todo o clube quer que ele continue. Que esteja conosco. É uma figura muito importante para nós, gostamos muito dele. Estou muito agradecido a ele por ter me contratado. Para mim é um orgulho que ele tenha pensado em mim para estar nesse time. Tomara que o Raí possa estar conosco, porque é o que todos nós queremos”, disse o espanhol Juanfran, sobre o dirigente.
“Com certeza [quero que Diniz fique], falo isso de coração. É um cara que dá a vida pelo clube, pelos jogadores, pelos funcionários. Vocês não veem ali dentro o que esse cara faz. É algo que nunca vi igual. Eu tenho de enaltecer o trabalho que o Diniz faz. Acho que nunca treinei tanto na minha vida. A gente trabalha para consolidar. Ficamos no CT até 21h, 22h trabalhando”, afirmou Vítor Bueno, sobre o treinador.
“Acho que quando o treinador tem pouco tempo de trabalho, qualquer que seja e não venha o resultado, aqui no Brasil gera essa questão de mudança, a gente sabe que na Europa os treinadores têm muito tempo para trabalhar. Eu acho que é só aqui que acontece isso, não sei se é injustiça, se não é, mas o que eu posso declarar é que nós jogadores estamos muito felizes com ele”, disse Pablo, que já havia trabalhado com Diniz no Athletico-PR e foi um dos atletas a indicá-lo ao cargo.
“O Diniz tem muito mérito no que aconteceu, porque ele tem se doado ao máximo para todos nós, e o time tem jogado com ele nessa ideia. Acredito que no próximo ano, com uma boa pré-temporada, bastante tempo para treinar, tem tudo para ser um ano melhor que 2019”, completou o goleiro Tiago Volpi.
Ainda que o São Paulo tenha fugido ao seu padrão de 2019 na vitória contra o Internacional, com um futebol bem mais vibrante para assegurar sua meta secundária -antes da Libertadores, o time sonhava, mesmo, era com título-, não é que os torcedores tenham saído do Morumbi com a sensação de que tudo estava resolvido. Aliás, não passou despercebido o detalhe de que, nessa partida especificamente, Diniz estava vendo das tribunas, suspenso. Seu auxiliar, o experiente Márcio Araújo, dava as ordens em campo.
A pressão sobre os ‘chefes’ do futebol ainda é forte, especialmente no caso do técnico.
NOITE INSPIRADA
Ainda assim, foi uma das raras vezes neste ano em que a torcida do São Paulo pôde sorrir no Morumbi. A equipe, que oscilou de rendimento durante toda a temporada, conquistou a vaga de na fase de grupos da Libertadores ao derrotar o Internacional. No confronto, o time mostrou o talento dos jovens, como Antony- autor do primeiro gol- e Igor Gomes, que deu a assistência. Vítor Bueno também teve uma atuação convincente. No fim, o Tricolor até levou um certo sufoco, mas soube administrar o placar. Curiosamente, no jogo de ontem.
“Era um confronto direto, ou nós ou eles. Sabíamos que seria uma final e tratamos esse jogo como uma. Foi uma bela partida. Mas o mérito da vitória é muito grande pelo foco que a gente entrou na partida, pelo que todo mudo correu, estamos todos de parabéns por essa classificação, que veio para coroar também o belo trabalho que a torcida fez”, analisou Vítor Bueno.
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