Lutador que chamou Brasil de chiqueiro sai quebrado e humilhado de luta de UFC na madrugada de domingo (15)
Covington teve a mandíbula quebrada e foi nocauteado no quinto assalto. Saiu para os vestiários correndo e humilhado, enquanto Usman era anunciado campeão e dedicava a vitória ao Brasil, país que Covington decidiu ofender gratuitamente.
O americano Colby Covington encontrou na construção de uma personalidade odiosa e caricata uma forma de progredir na carreira de lutador de MMA. Para assumir a roupagem de principal vilão do UFC, ganhou manchetes dando declarações inaceitáveis – e algumas racistas. Mas sua ascensão foi interrompida ao encontrar no octógono do UFC 245, em Las Vegas, o nigeriano Kamaru Usman, na madrugada de domingo (15).
Covington teve a mandíbula quebrada e foi nocauteado no quinto assalto. Saiu para os vestiários correndo e humilhado, enquanto Usman era anunciado campeão e dedicava a vitória ao Brasil, país que Covington decidiu ofender gratuitamente.
Kamaru Usman, o nigeriano-americano, derrotou ontem o lutador fã de Trump que usa termos racistas e preconceituosos, Colby Covington.
Ele disse que representaria a fúria de todos os imigrantes dos EUA e quebrou a mandíbula de Colby! #UFC pic.twitter.com/qP3Mxj5X19— André Fran (@andrefran) December 15, 2019
Em 2017, ele estava a ponto de ser demitido do UFC quando enfrentou o paulista Demian Maia, no UFC São Paulo. Ao vencer por decisão unânime, o americano respondeu as vaias da torcida com a seguinte declaração: “Brasil, você é um chiqueiro. Todos vocês são animais imundos.”
A partir daí, passou a dizer que adorava ser odiado e aumentou o leque de declarações fortes. Também começou a frequentar os eventos do UFC com roupas com as cores da bandeira americana, demonstrar apoio ao presidente Donald Trump e usar bonés com seu slogan de campanha: “Faça a América grande de novo”.
Ele chegou a admitir que a construção desse personagem foi uma forma de se manter popular e – com um contrato – no UFC.
Em uma entrevista antes da luta com Usman, que nasceu na Nigéria e se mudou para os EUA aos oito anos coma família, Covington fez uma comparação racista: “A minha família já serviu na Guerra da Coreia, na Guerra no Vietnã… a minha família derramou sangue por essa bandeira. O que a família dele já fez pela América além de servir na penitenciária federal?”
Colby Covington on Kamaru Usman saying he’s more American than him.
“Let's be honest, my family served in the military, they shed blood for the red, white and blue, this flag. What's his family ever served besides in the federal penitentiary?" pic.twitter.com/0UeCft2PMu
— Ta1jaNx ㊗️ (@Ta1jaNx) December 12, 2019
Usman, que defendia o título dos meio-médios (até 77 kg), disse que estava ansioso para enfrentar Covington e mostrar a ele “a ira de todo o imigrante nesse país”.
Em uma entrevista ao comentarista Joe Rogan, Usman desabafou sobre o rival: “Ele se acha, e fica dizendo ‘Eu devia ser o campeão, você é um garoto fraco, você não pode comigo, garoto’. Essa é a atitude dele, ‘Você não consegue, garoto’… Primeira coisa: quem é ‘garoto’? Eu sou um adulto. Não fale comigo assim. Essa é atitude que ele tem. ‘Eu deveria ser o campeão, eu sou americano.’ Nós todos somos americanos aqui.”
E continuou: “Essa luta é mais do que um cara falando merda. Essa luta significa muito pra mim. Quanto eu tiver a chance de por minhas mãos nesse cara, saiba que é ira de todo imigrante nesse país que eu vou colocar nele.”
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