Trump exonera assessor que depôs contra ele
Ele confirmou que Trump fez um pedido impróprio ao presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, em um telefonema de julho
Vindman foi escoltado para fora da Casa Branca, onde trabalhava no Conselho de Segurança Nacional, segundo explicou o advogado David Pressman, em comunicado. O depoimento do militar aos deputados ocorreu em novembro. Ele confirmou que Trump fez um pedido impróprio ao presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, em um telefonema de julho, que se tornou a peça central da investigação contra o presidente.
Na ligação, Trump pediu a Zelenski que iniciasse investigações sobre o rival democrata Joe Biden e apurasse uma teoria da conspiração amplamente desmentida de que a Ucrânia, não a Rússia, estava por trás da intromissão nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA. O tenente-coronel disse aos deputados “que não podia acreditar no que estava ouvindo no telefonema”.
Também ontem o senador e ex-candidato à presidência Mitt Romney, único republicano que votou contra Trump no Senado, passou a enfrentar pedidos de expulsão do Partido Republicano, que foram feitos por membros leais ao presidente.
Em sua justificativa de voto, Romney disse que recorreu à sua “profunda fé mórmon” para tomar “a decisão mais difícil” da sua vida. “Se Romney tivesse dedicado a mesma energia e raiva para derrotar um hesitante Barack Obama como fez comigo, poderia ter vencido as eleições”, retrucou Trump, no Twitter.
O presidente acabou condenado no processo de impeachment pela Câmara, de maioria democrata, mas esta semana saiu vitorioso de seu julgamento político no Senado, controlado pelos aliados republicanos. Eles rejeitaram as acusações de abuso de poder e obstrução do Congresso apresentadas pelos democratas.
Questionado ontem sobre relatos da imprensa de que ele poderia remover Vindman, Trump disse a repórteres: “Não estou feliz com ele. Você acha que devo estar feliz com ele? Eles vão tomar essa decisão”. Vindman deve ser transferido da Casa Branca para o Departamento de Defesa. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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