No Twitter, bolsonaristas passam a criticar condução de Moro à frente da Justiça
Entre os que aderiram à campanha virtual aparecem os argumentos de que Moro teria sido omisso durante o tempo em que comandou a pasta da Justiça e da Segurança Pública
Pouco mais de três horas depois de Sérgio Moro pedir demissão do cargo de ministro da Justiça, usuários do Twitter que permanecem fiéis ao presidente Jair Bolsonaro tentam organizar e publicizar ações em defesa do governo e levantar críticas à maneira como Moro conduziu o ministério.
Nas últimas horas desta sexta-feira, 24, considerando os 20 assuntos mais relevantes do Twitter brasileiro, nenhum deles era elogioso ao presidente da República. Apoiadores do governo, no entanto, tentam levantar a hashtag #FechadosComBolsonaro. Entre os que aderiram à campanha virtual aparecem os argumentos de que Moro teria sido omisso durante o tempo em que comandou a pasta da Justiça e da Segurança Pública, especialmente em relação à investigação da tentativa de assassinato sofrida por Bolsonaro durante a campanha de 2018 e também em relação a supostos abusos cometidos por governadores cujos Estados aderiram à quarentena para lidar com a pandemia da covid-19.
“Esta na Cara amigos… 1-Quem mandou Matar Jair Mesias Bolsonaro ???? 2-Oque a PF fez ate agora? 3-A PF prende o Maior criminoso do Brasil Lider do PCC mas nao consegue descobrir que mando Adelio ???? 4-Oque Moro fez nesse sentido ?”, tuitou um usuário identificado como Daniel Direita. Outro usuário, com o nome Eneias Lopes Rose, escreveu que Moro está “jogando o presidente aos inimigos do Brasil”
Silvio Grimaldo, que já foi assessor especial do Ministério da Saúde durante a gestão de Ricardo Vélez, provocou: “Será que agora teremos uma ministro da justiça que se pronuncie contra o abusos ditatoriais cometidos por governadores e prefeitos contra a população e por cima da constituição?”.
Outro usuário, identificado como Guilherme, disse que Moro foi um juiz “nota 8 e um ministro nota 5”. Para ele, como juiz Moro “protegeu FHC e PSDB” e como ministro foi “desarmamentista, compactuou com os abusos dos governadores e não investigou Adélio”, em referência a Adélio Bispo, autor do atentado contra Bolsonaro. Para o usuário Gighinni, a demissão de Moro tem objetivo eleitoral e configura traição a Bolsonaro: “Moro quer ser presidente, e eu digo, jamais será. Um traidor nas horas difíceis, não merece ser nem ministro. Aguardamos às 17 horas a verdade será revelada e a paz reinará”, projetou.
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