Prefeito de BH anuncia barreiras sanitárias na cidade a partir da próxima semana
Entradas e saídas de Belo Horizonte terão 13 barreiras sanitárias para fazer verificação sanitária em ônibus e carros que acessarem a capital mineira
A partir da semana que vem, entradas e saídas de Belo Horizonte terão 13 barreiras sanitárias para fazer verificação sanitária em ônibus e carros que acessarem a capital mineira. O anúncio foi feito pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) nesta segunda-feira (11).
A operação terá apoio da BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) e da Polícia Militar. As barreiras vão medir temperatura e levantar questionário com contatos familiares, para determinar a necessidade ou não de pessoas serem encaminhados aos ambulatórios de doenças respiratórias.
Kalil também não descartou a possibilidade de um eventual “lockdown“, bloqueio total, dependendo da evolução dos casos e da ação da população quanto a adesão às medidas.
“A população de Belo Horizonte tem três anos e meio que me conhece. Não se espantem se Belo Horizonte for a primeira cidade a ser trancada”, afirmou.
A testagem em massa na capital, com 75 mil testes recebidos do governo federal, deve começar ainda esta semana. O objetivo é testar 30 mil pessoas a cada 1 milhão de habitantes.
A capital mineira tem 26 mortes registradas pelo novo coronavírus e 953 casos confirmados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. O estado tem 121 mortes e 3.320 casos confirmados.
Como disse ao jornal Folha de S.Paulo em entrevista, Kalil projeta a data de 25 de maio para a reabertura gradual do comércio na capital. Se isso será possível, no entanto, ele diz que depende da cooperação da população nos próximos 14 dias.
Ele não descarta mudar a data ou voltar atrás, como fizeram outros chefes de Executivo, caso seja preciso.
O prefeito ainda chamou a atenção para o fato de que pessoas de fora estão buscando atendimento em BH.
“Só em Belo Horizonte, fora Nova Lima (região metropolitana), nós temos cinco do Pará, um do Rio de Janeiro, um do Espírito Santo e dois de São Paulo. A secretaria de Saúde já está entrando em contato com a Anvisa, porque parece que a Vale do Rio Doce resolveu que Minas Gerais é o cemitério preferido dela. A maioria veio de Carajás, do Pará, onde está a grande exploração do minério”, afirmou.
“Se eles tiram dinheiro lá, que invistam lá no Pará, porque eles têm dinheiro.”
Todos esses pacientes estão internados na rede privada, segundo a prefeitura. A Vale não retornou ao contato da Folha até a publicação deste texto.
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