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MP descobre que Flávio Bolsonaro comprou 19 imóveis por R$ 9 milhões

Senador, 95 pessoas e empresas relacionadas a ele tiveram os sigilos quebrados


Por Redação Educadora Publicado 15/05/2019

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP) apontou indícios de lavagem de dinheiro através da compra e venda de imóveis, ao analisar dados do senador Flávio Bolsonaro, do PSL-RJ. As informações são exclusivas do site da Veja.

Depois da quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas e empresas relacionadas ao senador, promotores do MP descobriram que, entre 2010 e 2017, ele lucrou R$3.089 milhões em transações imobiliárias na quais há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”. Neste período, ele investiu R$9,425 milhões na compra de 19 imóveis, entre salas comerciais e apartamentos.

O documento afirma que a suposta fraude ocorreu em decorrência de “simular ganhos de capital fictícios” que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Em novembro de 2012, ele comprou um apartamento em Copacanaba por R$140 mil, que foi vendido em fevereiro de 2014, por R$550 mil. Nessa transação, Bolsonaro teve um lucro de 292%, porém, de acordo com o índice Fipezap, utilizado no mercado imobiliário, o bairro registrou uma valorização de 11% no período.

Ainda em novembro de 2012, ele comprou um outro imóvel em Copacabana, por R$170 mil, vendido um ano depois por R$573 mil. No total, um lucro de 237%. Os valores de compra foram inferiores ao mercado, enquanto os de venda foram superiores, segundo os promotores.

E entre dezembro de 2008 e setembro de 2010, o senador comprou dez salas comerciais na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por R$2,662 milhões; em outubro de 2010, todas foram vendidas para a empresa MCA Exportação e Participações por R$3,167 milhões.

A equipe do site da Veja procurou Flávio Bolsonaro e a assessoria de imprensa do senador respondeu com a mesma nota que foi disparada quando ele soube da quebra de sigilo.

“O meu sigilo bancário já havia sido quebrado ilegalmente pelo MP/RJ, sem autorização judicial. Tanto é que informações detalhadas e sigilosas de minha conta bancária, com identificação de beneficiários de pagamentos, valores e até horas e minutos de depósitos, já foram expostas em rede nacional após o Chefe do MP/RJ, pessoalmente, vazar tais dados sigilosos.

Somente agora, em maio de 2019 – quase um ano e meio depois – tentam uma manobra para esquentar informações ilícitas, que já possuem há vários meses.

A verdade prevalecerá, pois nada fiz de errado e não conseguirão me usar para atingir o governo de Jair Bolsonaro”, dizia a nota.

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