Morte do pitbull Titan, queimado vivo em Limeira, completa um ano
Crime foi cometido pelo próprio tutor do filhote, Romualdo Conceição de Oliveira, de 27 anos, que se negou a pagar indenização de dez salários mínimos para a Alpa; caso segue sem solução
A morte do pitbull Titan, de apenas oito meses, completou um ano nesta quarta-feira, 18 de agosto. O caso chocou os moradores de Limeira e região pela crueldade com que o cachorro foi morto. O crime foi cometido pelo próprio dono do animal, que abandonou o cão em uma área verde, na região aos bairros Graminha e Jequitibás, ateou fogo no cachorro, e fugiu.
Ao notarem as chamas, moradores da região foram até o local e ouviram os uivos de Titan, queimado vivo. A Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa) foi acionada e chegou a socorrer o filhote, que morreu dois dias depois, após ficar internado em um hospital veterinário. Além das queimaduras, Titan já estaria muito magro e machucado após possíveis agressões do dono. O laudo apontou a causa da morte como insuficiência respiratória aguda severa. A voluntária da Alpa, Cassiana Fagoti, foi quem socorreu o cachorro, e ainda chora ao lembrar das cenas de dor e sofrimento.
Romualdo Conceição de Oliveira, de 27 anos, alegou em depoimento à Polícia Civil que só teria queimado o animal por acreditar que ele já estivesse morto, por conta de um possível diagnóstico de cinomose – doença grave que atinge cães. Ainda segundo o documento policial, o dono do cão só soube que ele foi queimado vivo, após a repercussão nas redes sociais. A ação foi descoberta com a ajuda de câmeras de segurança de uma residência, que flagrou a cena.
Um ano depois, o caso segue sem solução. O dono de Titan, em audiência no Fórum de Limeira, se recusou a pagar a indenização de dez salários mínimos para a Alpa. O dinheiro seria usado para cobrir despesas de atendimento veterinário e indenizar a associação, após processo movido contra o dono do pitbull. Por rejeitar a proposta, o homem, que é réu primário, vai responder penalmente e pode pegar até 2 anos de detenção, além de sofrer outras penalidades, caso seja condenado.
O promotor de Justiça, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, que acompanha o caso, afirma que há disparidades na lei e que o caso revoltou milhares de limeirenses, mas pede que ninguém tente fazer justiça com as próprias mãos. O promotor acredita ainda que até o final deste o caso deve ser resolvido.
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