Defensoria Pública anexa e-mails sobre incêndio no alojamento do Ninho
Em fevereiro do ano passado, um incêndio no local deixou 10 jovens mortos
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro anexou documentos ao processo que move, juntamente com o Ministério Público do Rio de Janeiro, contra o Flamengo. Dentre eles, estão os e-mails revelados pelo UOL Esporte, que mostram que o clube tinha ciência de problemas elétricos nos alojamentos do Ninho do Urubu desde maio de 2018. Em fevereiro do ano passado, um incêndio no local deixou 10 jovens mortos.
Na petição, o órgão indica que tratar-se de “documentos técnicos que corroboram a responsabilidade civil do réu”. Além disso, aponta que “a documentação ora juntada, além de reforçar o nexo de causalidade entre o incêndio e a conduta prévia do clube réu, reforça o grau de culpa dos seus dirigentes”.
“A documentação ora juntada, além de reforçar o nexo de causalidade entre o incêndio e a conduta prévia do clube réu, reforça o grau de culpa dos seus dirigentes, já que demonstra que todos os responsáveis pela administração e gerência do centro de treinamento do Flamengo (Ninho do Urubu) tinham conhecimento das “gambiarras” existentes na parte elétrica, que não atendiam às normas técnicas nem ao mínimo dever de cuidado, e colocavam em risco os habitantes do local”, diz trecho.
Na última terça-feira, o UOL Esporte expôs que correspondências internas trocadas entre os então responsáveis pelo dia a dia do CT apontaram aos dirigentes do Flamengo as “não conformidades” das instalações e “suas gravidades”, mostrando que os seguidos autos de infração da Prefeitura não eram os únicos problemas para o funcionamento do lugar como dormitório.
Em contato com a reportagem – em matéria publicada na quinta-feira (10) -, a coordenadora Cível da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), Cintia Guedes, afirmou que os fatos expostos pela reportagem terão desdobramentos nos âmbitos cível e criminal da investigação que apura as causas e responsabilidades pela morte dos meninos.
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