Com duas quedas precoces, São Paulo mira Fortaleza e G-4 para cumprir metas
As eliminações precoces na temporada representaram também uma diminuição nas receitas por causa da redução dos direitos de transmissão e de premiações, o que agravou as finanças já conturbadas do São Paulo
O São Paulo precisa trabalhar para cumprir ao menos algumas metas impostas ao time profissional em 2020. Segundo documento que a reportagem teve acesso, o clube havia determinado objetivos a serem cumpridos nesta temporada.
Tal planejamento fora apresentado ao Conselho de Administração tricolor e definido em reuniões no fim do ano passado. Até agora, porém, a equipe ainda não conseguiu alcançar nada que fora proposto.
No Campeonato Paulista, a ideia era de ao menos o time conseguir disputar as semifinais. No entanto, o time acabou eliminado em pleno Morumbi, nas quartas de final, pelo Mirasssol, que sofreu 18 mudanças em seu elenco durante a pausa das competições por causa da pandemia da Covid-19.
Já na Copa Libertadores, a previsão era avançar ao menos às oitavas de final. Ou seja, garantir uma vaga por meio da fase de grupos. Porém, com a derrota para o River Plate (ARG) na quarta-feira (30), o time não tem chances matemáticas de seguir na disputa. Vale destacar que o São Paulo não era eliminado nesta etapa da competição desde 1987 -no ano passado, a queda fora na pré-Libertadores.
Para o Campeonato Brasileiro, a meta do São Paulo é terminar ao menos na quarta colocação. Por enquanto, o time vai conseguindo cumprir tal objetivo. O clube tricolor é o terceiro colocado com 19 pontos, atrás de Atlético-MG (24) e Internacional (21).
Já para a Copa do Brasil, a expectativa é de o São Paulo se classificar, no mínimo, às quartas de final. Por isso, a equipe do Morumbi vai ter de superar o Fortaleza, de Rogério Ceni, no mata-mata. As partidas deverão acontecer nas semanas dos dias 28 deste mês e em 4 de novembro.
As eliminações precoces na temporada representaram também uma diminuição nas receitas por causa da redução dos direitos de transmissão e de premiações, o que agravou as finanças já conturbadas do São Paulo, que precisa lidar com as consequências da pandemia.
Para evitar o contágio do novo coronavírus, as partidas são realizadas com os portões fechados, sem receita de ingressos. Desde a terceira rodada da Libertadores, quando a competição foi retomada em setembro, contra o River Plate, as partidas aconteceram sem a presença da torcida.
A previsão era de o ticket médio custar R$ 30 na primeira fase do Campeonato Paulista, R$ 44,36 na fase de grupos da Copa Libertadores, R$ 43 no Campeonato Brasileiro, e R$ 40,63 na Copa do Brasil.
O clube também deve precisar negociar mais jogadores. Para 2020, o clube montou uma comissão para acompanhar a receita tricolor e a expectativa é de receber 33,5 milhões de euros (cerca de R$ 221,8 na cotação atual) com a transação de atletas, sendo o recebimento à vista de 75% deste valor.
Até agora, o clube recebeu 16 milhões de euros pela saída de Antony para o Ajax (HOL) -este valor pode subir para 22 milhões de euros caso o atacante atinja na Holanda metas estabelecidas em contrato- e outros 7 milhões de euros do Ajax por 20% dos direitos de David Neres.
Até mesmo por causa desta situação delicada nos cofres, o clube do Morumbi negociou uma redução salarial de 25% dos jogadores, que voltarão a receber os vencimentos de maneira integral e acertará o retroativo a partir de fevereiro de 2021.
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