Resultado de inquérito mostra que 30% da população de Limeira teve contato com o coronavírus

O segundo inquérito sorológico realizado pela Prefeitura de Limeira entre os dias 12 e 17 de outubro, mostra que o percentual da população que está ou esteve com covid-19 é de 28,8%. Com margem de erro de 3% e precisão de 95%, estima-se que aproximadamente 70.550 moradores de Limeira, com idade igual ou superior a 15 anos, tenham se contaminado. A pesquisa foi feita com suporte técnico da Limite Consultoria.

Neste segundo inquérito, foram realizados 1.074 exames sorológicos. Os participantes foram selecionados por sistema informatizado da Secretaria de Saúde de forma aleatória em que todas as regiões do município fossem contempladas.

Na análise estratificada, o inquérito sorológico mostrou que, dos que testaram positivo, 30,3% são mulheres. Todas as faixas-etárias tiveram índice próximo de contaminação, com destaque para as pessoas que tem entre 50 e 59 anos: 34,6%.

A cidade foi dividida em seis áreas, e o estudo mostrou pessoas positivadas em todas as regiões, mas as regiões 6 e 4 tiveram o maior percentual de confirmados. A região 6 é a do entorno do Parque Nossa Senhora das Dores, com 41,4% de positivados. A área 4 é das imediações do Jardim do Lago, Aeroporto, Santa Eulália, onde 32,5% tiveram confirmação.

ENCAMINHAMENTOS
Os participantes receberam o resultado dos testes, com o laudo, em até 48 horas depois da coleta de amostras – os que participaram no último sábado receberão os laudos a partir de hoje. Os 310 positivados também receberam ligação de profissionais da Secretaria de Saúde. 

Todos foram orientados sobre os cuidados que deveriam ter, mesmo sem apresentar sintomas e foram alertados sobre a necessidade de buscar atendimento na Unidade de Referência de Coronavírus (URC) ao identificar os sinais da doença. 

DESACELERAÇÃO COM ALERTA
No estudo anterior, realizado em agosto, o percentual de pessoas positivadas foi de 14,6%. A variação do resultado entre um estudo e outro foi de 28,8%. 
Alexandre Ferrari, diretor de Vigilância em Saúde, e Camila Rezende, diretora da Atenção Primária à Saúde, explicam que, apesar do evidente maior número de contaminados neste momento, ainda não é possível falar em imunidade coletiva.

“Com maior número de pessoas que já tiveram contato com o vírus, há influência direta na menor velocidade da contaminação, o que não significa que ela deixará de acontecer. A contaminação existe e não pode ser desconsiderada a possibilidade de novos picos da doença com risco de retrocesso nas fases de flexibilização do Plano São Paulo”, afirma Ferrari.

Os dados foram apresentado na manhã desta segunda-feira (19) aos integrantes do Grupo Técnico, que dão suporte às decisões do município nesta pandemia. O resultado deverá nortear ações. 

Um terceiro inquérito sorológico é planejado para ser realizado no final do ano. Desta vez, com a participação de menores de 15 anos e professores que deverá, junto com outros fatores preponderantes do momento, subsidiar estratégias futuras.

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