Homem mata ex-esposa a facadas na zona rural de Limeira

Limeira registrou o terceiro feminicídio do ano. Micheli de Paiva Lima Goulart, de 24 anos, foi morta a facadas pelo ex-marido, em uma estrada rural do bairro dos Loiolas, zona rural de Limeira, durante a madrugada desta terça-feira (20). Ela foi morta dentro do carro de uma amiga, com que havia saído para uma casa de shows. O suspeito, de 38 anos, se escondeu dentro do porta malas do carro para esperar a vítima. Segundo relato, a tampa do compartimento não tranca. Sabendo disso, o homem teria se escondido para cometer o crime.

A vítima foi atacada no trajeto de volta para a cidade. A amiga, que conduzia o veículo tentou impedir o crime, mas não conseguiu. Segundo ela, o homem a empurrava e esfaqueava a vítima. Durante o ataque, a testemunha chegou a ligar para a mãe da vítima para pedir socorro. A mulher, na delegacia, disse que ouviu a filha ser morta pelo ex-companheiro que dizia que se não matasse ela ali, mataria depois.

A PM e o Samu foram acionados, mas o médico constatou o óbito da vítima no local. A amiga ainda tentou socorrê-la, mas sem sucesso. Suja de sangue, a testemunha disse que o suspeito desferiu algumas facadas e começou a fugir, porém, voltou na sequência, quando percebeu que a vítima ainda estava viva. A faca usada no crime foi levada por ele, que desapareceu. Ainda durante a madrugada, a Polícia Civil começou a fazer diligências para tentar localizá-lo. A PM chegou a ir na casa de um sobrinho dele, pois havia uma informação que ele poderia ter se escondido ali, mas isso não se confirmou. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) foi acionada e começou a investigar o caso, que deve ter desdobramentos ainda durante esta terça-feira (20). O corpo de Micheli foi levado ao IML (Instituto Médico Legal), onde deve passar por exame de necropsia.

AMEAÇAS
No plantão policial, a mãe de Micheli alegou aos policiais que há cerca de duas semana, o suspeito adicionou duas imagens em seu status do WhatsApp e escreveu: “Bom dia hj decidi q vo acaba com tudo já q é assim” e “e bem assim né – com duas facas cruzadas”. Micheli, no entanto, não acreditava nas ameaças e nunca registrou ocorrências na polícia.

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