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Bruno Covas diz que vacina contra covid-19 não será obrigatória na capital paulista

"Nenhuma necessidade de tornar obrigatória [a vacinação]. A gente tem feito aqui campanhas de vacinação em que mais de 90% da população participa, se envolve", afirmou prefeito de São Paulo


Por Folhapress Publicado 20/10/2020
Foto: Divulgação/Governado do Estado de São Paulo

O prefeito Bruno Covas (PSDB) disse nesta terça-feira (20) que a vacina contra a covid-19 não será obrigatória aos moradores da capital paulista. Em entrevista à Rádio Eldorado, o tucano, que tenta a reeleição, afirmou que conta com a colaboração da população da cidade para a imunização.

Nenhuma necessidade de tornar obrigatória [a vacinação]. A gente tem feito aqui campanhas de vacinação em que mais de 90% da população participa, se envolve. Campanha de conscientização da prefeitura é sempre bem feita. Tenho certeza que mais uma vez não será diferente com a campanha de vacinação quando a gente tiver a vacina disponível para o coronavírus“, disse.

A afirmação do prefeito contraria declaração dada pelo governador João Doria (PSDB) no último dia 16 de outubro, em que afirmou que a vacinação contra o novo coronavírus será obrigatória em São Paulo, exceto para pessoas que apresentem alguma restrição avalizada por um médico.

A postura de Doria desagradou o governo federal. Nesta segunda-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse mais uma vez a apoiadores que a vacina contra covid-19 não será obrigatória.

“O meu ministro da Saúde já disse claramente que não será obrigatória esta vacina e ponto final“, disse Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.

O governador João Doria aposta as suas fichas na Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac que será produzida no país pelo Instituto Butantan.

Já o governo federal tem o contrato para obter 140 milhões de doses – 100 milhões da parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford e 40 milhões do mecanismo Covax Facility, liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

O início da vacinação contra covid-19 em São Paulo, previsto pelo gestão tucana para dezembro, deve atrasar. Nesta segunda (19), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a imunização chinesa é segura, mas ainda falta a conclusão da análise de sua eficácia. Só depois disso é que os testes serão analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde) para o registro da vacina.

Nesta quarta-feira (21), o governador João Doria vai se reunir com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e a presidência da Anvisa para discutir, entre outros assuntos, a inclusão da Coronavac no Programa Nacional de Imunização. A gestão tucana pretende que as doses que serão produzidas pelo Instituto Butantan possam ser aplicadas em outros estado no país.

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