Globo suspende parcela do Brasileiro e deixa clubes em modo de apreensão
A emissora carioca entendeu que não fazia sentido honrar esse pagamento neste momento, já que não se tem certeza de como será o formato da Série A, nem em que ritmo de calendário o Brasileirão será disputado neste ano
Depois de avisar aos clubes que suspendeu os pagamentos referentes aos campeonatos estaduais, em razão da pausa forçada pela crise mundial do novo coronavírus, a Globo tomou a mesma posição em relação à primeira parcela referente ao Campeonato Brasileiro, que representa 40% de toda a verba paga pelos direitos de transmissão.
Segundo apurou a reportagem essa verba é aquela dividida por igual entre todos os participantes da Série A -uma cifra em torno de R$ 22 milhões para cada clube, com R$ 439 milhões sendo distribuídos igualitariamente. Esse direito é pago em duas parcelas, uma prevista para março e a outra para abril (o pagamento do mês anterior já não havia sido efetuado).
A emissora carioca entendeu que não fazia sentido honrar esse pagamento neste momento, já que não se tem certeza de como será o formato da Série A, nem em que ritmo de calendário o Brasileirão será disputado neste ano. Fontes nos clubes consultadas pela reportagem confirmam a informação e admitem apreensão com o impasse.
Alguns times dependem dessa verba dividida pela Globo para honrar compromissos imediatos, como o pagamento de salários de jogadores. Por conta disso, discussões para definir como será o Campeonato Brasileiro prometem ser apressadas nas próximas semanas.
Para os clubes de São Paulo, o baque é ainda maior. A emissora ainda teria que pagar R$ 62,5 milhões de uma parcela dos direitos do Campeonato Paulista. Times do Rio Grande do Sul e Minas Gerais sofrem menos, na teoria, porque a emissora já pagou a cota integral para esses estaduais.
Vale ressaltar que executivos da Globo, atendendo a uma questão de alguns clubes, se posicionaram contra a mudança do formato do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos para o mata-mata, em razão da projeção de diminuição de datas.
A Turner, que tem direitos de jogos do Brasileirão na TV paga, também não deseja a mudança de formato de competição. Ao todo, essas empresas injetam R$ 1,8 bilhão no Brasileiro, combinando TV aberta, TV paga e pay-per-view.
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