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Gramado sintético reaproxima Palmeiras e WTorre, que prometem museu em breve

O ato sela um dos momentos de maior afinidade entre o clube e a construtora responsável pela arena


Por Estadão Conteúdo Publicado 12/02/2020
Divulgação/Allianz Parque

O novo gramado sintético do Allianz Parque vai estrear somente neste domingo (14), porém, já começou a causar impactos no Palmeiras. Nesta quarta-feira (12), o clube realizou a inauguração com um treino do time no novo piso, assim como a presença de dirigentes no estádio para uma entrevista coletiva. O ato sela um dos momentos de maior afinidade entre o Palmeiras e a construtora WTorre, responsável pela arena. Ambos prometem anunciar em breve a data de inauguração do novo memorial de troféus do clube.

A ideia de se trazer um novo piso foi fruto de uma longa discussão entre as partes. A preocupação em conciliar o calendário de shows com o cronograma de jogos sem deteriorar a qualidade do campo foi uma preocupação presente pelo menos nos últimos três anos. A grama sintética veio da Europa e foi instalada em menos de um mês. A medida foi uma escolha liderada pelo Palmeiras e pela diretoria da Wtorre.

O entendimento entre as duas partes na decisão sobre a troca do gramado marca o momento de maior convergência entre clube e construtora. Desde a inauguração do estádio, em novembro de 2014, Palmeiras e WTorre tiveram conflitos públicos sobre a gestão do estádio e com questões discutidas em câmaras de arbitragem. A maior divergência recaiu sobre o direito de comercialização de assentos do estádio, queda do braço vencida pelo Palmeiras.

“Existe uma proximidade maior, com respeito e diálogo. Com isso, todos ganham. Estamos trabalhando pelo Palmeiras”, disse o presidente do Palmeiras, Mauricio Galiotte. “Já conseguimos avançar muito em reduzir as diferenças de entendimento. Temos mais proximidades nas conversas. Isso é fruto de uma gestão compartilhada. Quando se tem interesses alinhados, fica mais fácil”, completou o diretor financeiro da WTorre, Luis Davantel.

A atual pendência entre as partes diz respeito ao ressarcimento de jogos que não podem ser realizados no Allianz Parque porque a data coincide com shows. O clube cobra cerca de R$ 11 milhões referente a 50% da renda bruta de todas as 27 partidas que foram transferidas de local por esse motivo. A construtora, por sua vez, quer receber reembolsos por despesas com água e luz em dias de partidas. Justamente para minimizar esse atrito a escolha pelo gramado sintético foi uma escolha conjunta.

O maior distanciamento entre ambos se deu durante a presidência de Paulo Nobre no Palmeiras. Já nesta quarta, pela primeira vez desde a chegada de Galiotte ao cargo, em 2017, um mandatário alviverde participou de um evento público ao lado de um diretor da WTorre. Inclusive, ambos prometeram entregar novidades em breve.

MEMORIAL

Antigo sonho do Palmeiras, a construção de um museu com troféus, fotos e itens históricos do clube deve virar realidade em breve. O projeto de se erguer um espaço no Allianz Parque está em fase final, como garantiu Galiotte. “É uma situação que está muito próxima de ser resolvida. Estamos muito evoluídos em relação ao museu. Restam detalhes”, afirmou. Desde o início da obra de reforma da arena, em 2010, as cerca de 6 mil taças do clubes estão guardadas em outro local.

No momento, o acervo está guardado em um depósito na zona norte da cidade. Segundo Davantel, da WTorre, a ideia é construir o museu no primeiro andar do Allianz Parque, em espaço com vista panorâmica para a rua. “Estamos em ritmo avançado tanto na parte técnica, como jurídica e de contratos. Talvez daqui um mês poderemos chamar vocês (jornalistas) para conversar sobre isso”, explicou.

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