Flamengo demite Pablo Fernández, preparador físico que agrediu Pedro
Em nota divulgada neste domingo, o preparador físico pediu desculpas para Pedro e reforçou o desejo de se acertar com o jogador
O Flamengo decidiu demitir o preparador físico, Pablo Fernández, após ele ter agredido o atacante Pedro no vestiário da Arena Independência, em Belo Horizonte, logo após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG. O argentino foi comunicado da decisão no começo da noite deste domingo (30).
O preparador físico ficou em Belo Horizonte para prestar depoimento na delegacia. Pedro também ficou na capital mineira e precisou fazer exame de corpo de delito para registrar o caso.
Pablo também era uma figura importante na comissão técnica de Sampaoli. Ele tinha voz ativa nas decisões e inclusive dava treinos no Ninho do Urubu. Até o momento, está indefinida a situação de Marcos Fernández, filho de Pablo.
Ainda neste domingo, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel vão se reunir com Sampaoli. O presidente Rodolfo Landim, que está em Miami para compromissos com o Inter Miami e o Real Madrid sobre modelos de gestão, conversa ao telefone com os dirigentes rotineiramente. Ladim, que é o responsável direto pela escolha pelo treinador há pouco mais de quatro meses, terá voz ativa na decisão.
Em nota divulgada neste domingo, o preparador físico pediu desculpas para Pedro e reforçou o desejo de se acertar com o jogador. Ele ainda confessou ter reagido da pior forma na situação.
Leia na íntegra a nota de Pablo Fernández:
“Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo.
Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque eu gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma.
Estive pensando sobre o que aconteceu por horas e gostaria de poder voltar no tempo. Mas não se pode. O que existe é o presente e o futuro. Isso é pedir perdão e tentar novamente. Todas as vezes que for necessário. Lamento e gostaria de corrigir.
A alta competição geralmente tem coisas que nos fazem mal. Situações de alto estresse que nos fazem reagir e pensar mal. Não pretendo situar esse contexto como uma desculpa, mas como uma explicação.
Definitivamente, se eu tivesse divergências com o Pedro deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma. Vou tentar fazer isso acontecer. Vou trabalhar para mudar e ser melhor.”
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