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Jogadores exaltam Santos e atribuem classificação do Brasil à frieza nos pênaltis

Richarlison, Bruno Guimarães e o técnico André Jardine enalteceram o goleiro, responsável por defender a primeira cobrança


Por Estadão Conteúdo Publicado 03/08/2021
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A classificação suada da seleção brasileira de futebol masculino à final dos Jogos Olímpicos de Tóquio após vitória sobre o México nas penalidades nesta terça-feira (3) se deve ao goleiro Santos e, segundo os jogadores, ao sangue frio no momento de cobrar as penalidades em Kashima.

Richarlison, Bruno Guimarães e o técnico André Jardine enalteceram o goleiro, responsável por defender a primeira cobrança, e lembraram que o aproveitamento perfeito da equipe nas penalidades é fruto da frieza e também da boa preparação. A equipe treinou pênalti desde o início dos treinamentos no Japão.

“Desde o primeiro dia que a gente chegou aqui no Japão o Jardine colocou a gente pra bater pênalti porque sabia que iríamos enfrentar esse tipo de situação. Não foi agora, foi desde o início”, frisou Richarlison. A fala do atacante foi endossada por Bruno Guimarães.

“Foi o sangue frio nos pênaltis. Treinamos ontem e desde o começo da preparação. Estávamos preparados para na hora certa ter sangue frio”, disse o meio-campista do Lyon.

Richarlison passou em branco diante dos mexicanos, mas é o artilheiro da Olimpíada, com cinco gols. “Falta um jogo. O último degrau da nossa escada. Quando a gente chega na final é forte. Vamos com tudo”, acrescentou o atacante do Everton, ansioso para a decisão. Será a quinta final olímpica da seleção brasileira masculina, a terceira consecutiva. O jogo que vale o bicampeonato olímpico será sábado (7), às 8h30 (horário de Brasília), em Yokohama. A seleção assegurou sua sétima medalha.

O caminho para a vitória nos pênaltis depois de um duelo truncado e sem gols no tempo normal e na prorrogação, com mais faltas do que lances de perigo, foi facilitado com a defesa de Santos na cobrança de Eduardo Aguirre, a primeira da série. A atuação do goleiro, que tem postura séria e costuma ser frio em campo, foi enaltecida pelos colegas e pelo técnico.

“Foi o dia do Santos hoje”, resumiu Richarlison. “O Santos é um fenômeno. Um goleiro extremamente frio. Não faz muitas defesas difíceis porque está sempre bem posicionado. Conheço toda a caminhada dele, conquistamos títulos juntos no Athletico-PR. É um cara que trabalhou muito e merece tudo isso”, falou Bruno Guimarães.

“O Santos é um goleiro de seleção principal. Os três que lá estão do mais alto nível e pra mim o Santos vem junto, buscando seu espaço. Essa oportunidade que ele está tendo aqui é para mostrar que ele tem nível para estar lá. É o melhor goleiro que tínhamos à disposição”, exaltou Jardine.

O treinador fez a avaliação de que a equipe correu pouco riscos diante do México e fez um “jogo muito sólido”. “Procuramos o gol o tempo inteiro e a classificação nos pênaltis coroa a equipe que buscou o gol e vencer o jogo”, analisou. “Se tivesse um time para passar tinha de que ser o nosso por merecimento”, completou.

Bruno Guimarães reconheceu que a exibição não foi das melhores, mas destacou o empenho em campo. “Foi mais na raça do que no talento. Não importa como, tínhamos que ganhar. Hoje foi mais na raça, na vontade”.

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