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Mariana D’Andrea conquista 1º ouro paralímpico do Brasil no halterofilismo

Em Tóquio, essa foi a sétima medalha de ouro conquistada pelo Brasil nas Paralimpíadas


Por Folhapress Publicado 29/08/2021 Atualizado 30/08/2021
Foto: Takuma MAtsushita/CPB

Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, Mariana D’Andrea quebrou um jejum histórico para o Brasil. Jovem de apenas 22 anos, ela conquistou neste domingo (29) em Tóquio a primeira medalha de ouro do Brasil no halterofilismo, na categoria até 73kg.

A brasileira, que tem nanismo e nasceu em Itu (SP), que tem fama de ser a cidade em que tudo é grande, alcançou um enorme feito em Tóquio. Para se tornar a primeira atleta do país, no masculino ou no feminino, a ganhar ouro na modalidade, ela ergueu 137kg, três quilos a mais que a Lili Xu e cinco acima da francesa Souhad Ghazouani.

Ainda que os dois esportes partam do mesmo princípio, o levantamento de peso e o halterofilismo têm nomes diferentes no movimento olímpcio e paralímpico. Neste, a prova é disputada com os atletas na horizontal, inclusive as pernas, o que também difere do tradicional supino.

Cada atleta tem três tentativas para levantar o peso, progredindo na carga. Mariana obteve sucesso em suas três apresentações. Na primeira, ela ergueu 130kg, seguido pelos 133kg da segunda. Já em sua última tentativa, levantou 137kg e ultrapassou Xu. A chinesa foi a última atleta a competir e falhou na tentativa de erguer 138kg, o que garantiu o ouro para a brasileira.

“Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste”, disse Mariana. A medalha parallímpica é mais uma conquista de Mariana, que chegou ao esporte depois de ser convidada por um técnico, Valdecir Lopes, que a viu na rua, e foi campeã nos Jogos ParapanAmericanos de Lima, em 2019. Ela chegou a Tóquio como líder do ranking mundial e agora confirmou o seu favoritismo.

Antes dela, na história do Brasil no halterofilismo, Evânio Rodrigues da Silva foi prata no Rio-2016. Em Tóquio, essa foi a sétima medalha de ouro conquistada pelo Brasil nas Paralimpíadas. O país também faturou 5 pratas e 13 bronzes, em um total de 25 pódios. Foi o segundo do dia, pois Renê Campos Pereira levou o bronze na disputa do single skiff PR1 masculino do remo.

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