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Final da Libertadores terá maior esquema de segurança da história do Peru, diz general

Serão 6.500 oficiais na segurança do jogo que é visto pelo governo peruano como uma chance de se divulgar para o mundo; decisão será exibida em 169 países


Por Folhapress Publicado 22/11/2019
Divulgação/Club Universitario de Deportes

A final da Copa Libertadores terá o maior esquema de segurança da história do Peru. No sábado (23), Lima receberá quatro eventos que vão exigir a presença de policiais, mas a atenção principal estará na partida entre Flamengo e River Plate (ARG), no estádio Monumental.

Serão 6.500 oficiais na segurança do jogo que é visto pelo governo peruano como uma chance de se divulgar para o mundo. A decisão será exibida em 169 países. “É algo sem precedentes. Nunca tivermos estratégia (de segurança) semelhante”, disse à Folha o general Gastón Rodríguez, diretor nacional da Ordem e Segurança.

Na quinta-feira (21), foi feito teste do esquema que será implantado, com a utilização de câmeras de segurança e drones que vão vigiar os torcedores das duas equipes em um raio de 20 quilômetros do estádio Monumental.

Lima foi anunciada como sede da partida apenas em 5 de novembro, após a Conmebol constatar que Santiago, escolhida originalmente, não poderia receber o evento. A mudança aconteceu por causa dos protestos populares e da tensão social no Chile.

A preocupação com a segurança das duas torcidas acontece porque o Monumental tem apenas um acesso, pela avenida Javier Prado Este. A ideia é separar as duas torcidas por lados diferentes da cidade e fechar ruas até cerca de 4 quilômetros do estádio.
Os torcedores do clube campeão poderão ir embora apenas 90 minutos após o apito final, segundo o general. Ele não crê que haverá qualquer descontentamento porque será o tempo para a festa em campo e a entrega do troféu.

“Nós tivemos de fazer um planejamento que seria de quatro meses em apenas duas semanas. Pedimos informações às autoridades policiais de Brasil e Argentina e à Interpol sobre elementos perigosos que poderiam tentar entrar no estádio”, completa.

Lima se tornou opção para a final da Libertadores depois de ter perdido outras competições de futebol das quais que seria ser sede. O Mundial sub-17 deste ano foi mudado para o Brasil, assim como a final da Copa Sul-Americana aconteceu em Assunção, no Paraguai.

Os dois eventos seriam no Peru, mas deixaram o país por problemas estruturais e falta de organização. Quando foi necessário escolher outra a cidade para a primeira decisão em jogo único na história da Libertadores, Lima foi a única a gerar consenso entre os dirigentes da Conmebol, Flamengo e River Plate.

As alternativas de Assunção e Montevidéu foram descartadas. O presidente da Confederação Sul-Americana, Alejandro Domínguez, não aceitou pensar na possibilidade em realizar o jogo fora do continente sul-americano.

No ano passado, Boca Juniors e River Plate se enfrentaram em Madri, na Espanha. “Este evento é uma chance única para o Peru divulgar seu povo, suas belezas e sua gente. Se for preciso, ainda temos unidades nos quartéis, que geralmente não policiam as ruas, mas podem ser usadas, se preciso”, finalizou o general Rodríguez.

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